Problema de contas de água exorbitantes na comunidade do Nove em SP

Uma residente da comunidade do Nove, na região da Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo, recebeu uma conta de água da Sabesp no valor de quase R$ 10 mil. Além dela, diversos outros moradores ficaram surpresos ao receberem os boletos. Maria Helena, que vive sozinha em uma casa com dois cômodos, um banheiro e apenas três torneiras, ficou chocada com o valor exorbitante da conta e afirmou não ter condições de pagar.

Com mais de quatro décadas de existência, a Favela do Nove enfrenta os desafios típicos de uma comunidade carente, incluindo a falta de serviços básicos de infraestrutura e a presença de moradias improvisadas. Diante desse contexto, a Sabesp começou a regularizar as conexões de água e esgoto e a instalar medidores de consumo em 2021. No entanto, em 2024, o SP2 noticiou que diversos moradores das comunidades do Nove e da Linha estavam recebendo contas com valores elevados.

Segundo o líder comunitário Alexandre Beraldo, muitas dessas contas ultrapassam o limite da tarifa social, destinada à população de baixa renda. Ele ressalta que os moradores continuam enfrentando problemas mesmo após atualizarem seus dados no CadÚnico, com medições erradas e cobranças inadequadas. Em muitos casos, estão sendo aplicadas tarifas residenciais em vez da tarifa social, prejudicando os moradores que vivem na comunidade e não na Vila Leopoldina.

Diante desse cenário, a Sabesp afirmou que os cadastros dos clientes da tarifa social foram reativados e os valores das contas foram revisados. A empresa ressaltou a importância da atualização dos dados no CadÚnico para manter o benefício da tarifa social. Em resposta ao caso de Maria Helena, a Sabesp se comprometeu a rever a conta da moradora e enviar um técnico ao local para investigar o ocorrido e resolver o problema. É fundamental que a empresa busque soluções para garantir um serviço justo e acessível a toda a população, independente de sua condição socioeconômica.

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