A defesa de Jair Bolsonaro enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório médico descrevendo dez problemas de saúde para solicitar que o ex-presidente cumpra prisão domiciliar humanitária devido a uma pena de 27 anos e 3 meses de prisão. Os médicos Claudio Birolini e Leandro Santini Echenique assinam o documento, destacando a necessidade de monitoramento contínuo e infraestrutura médica regular para Bolsonaro, considerando riscos de agravamento. Entre os problemas de saúde citados estão refluxo gastroesofágico, doenças cardíacas, hipertensão, anemia, soluços incoercíveis, apneia do sono e neoplasia maligna de pele, entre outros. Os médicos alertam que, somados ao histórico de complicações da facada de 2018, essas enfermidades podem levar a episódios graves como obstruções intestinais, infecções respiratórias e crises cardiorrespiratórias.
O relatório destaca ainda a cirurgia de urgência que Bolsonaro fez em abril por obstrução intestinal e episódios de pneumonia entre maio e novembro. Em setembro, também passou por procedimento de retirada de lesões de pele. A defesa anexou sete exames para comprovar os riscos cardíacos, pulmonares e gastrointestinais. O pedido de prisão domiciliar visa impedir que Bolsonaro vá para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, e se baseia na alegação de que uma mudança de regime colocaria sua vida em risco. A defesa menciona o tratamento dado por Moraes a Fernando Collor, que teve prisão domiciliar humanitária. Com o acórdão do julgamento já rejeitando o último recurso de Bolsonaro, embargos infringentes são planejados, mesmo sabendo que só são válidos com ao menos dois votos pela absolvição, o que não foi o caso de Bolsonaro. A defesa insiste baseada no Pacto de São José da Costa Rica, enquanto aguarda a decisão sobre o futuro do ex-presidente.




