Os problemas com escadas rolantes nas estações de transporte do Rio de Janeiro se tornaram uma realidade comum para os moradores e turistas da cidade. A situação é tão recorrente que muitas vezes as pessoas nem se lembram de quando foi a última vez que viram esses equipamentos funcionando corretamente. O vandalismo é apontado como uma das razões para a frequente falta de manutenção e reparo desses aparelhos.

Na esteira da situação vivida por Donald Trump na ONU, onde ficou preso em uma escada rolante desativada, os cariocas enfrentam diariamente obstáculos semelhantes. Em diversas paradas de trem da Zona Norte, as escadas rolantes estão fora de uso há tanto tempo que acabaram sendo substituídas por escadas comuns. Situações como essa impactam diretamente pessoas com mobilidade reduzida, idosos, grávidas e outros passageiros que necessitam de acessibilidade.

A falta de manutenção nas escadas rolantes também afeta diretamente a rotina dos usuários do transporte público no Rio. Nas estações de trem de Madureira, por exemplo, as escadas estão não apenas interditadas, mas quebradas e cercadas por lixo. A promessa de substituição por elevadores, feita anteriormente, ainda não foi cumprida. Enquanto isso, passageiros como o pedreiro Geraldo Pereira, de 58 anos, sofrem diariamente com as consequências desse descaso.

A situação se agrava nos fins de semana, quando a demanda por transporte público aumenta e as escadas rolantes com problemas se tornam ainda mais um obstáculo para os passageiros. Em Bangu, na Zona Oeste, as reclamações sobre o funcionamento deficitário desses equipamentos se acumulam. Na estação General Osório, em Ipanema, na Zona Sul, a falta de manutenção nas escadas rolantes é uma queixa constante para os usuários do metrô.

Apesar das promessas de recuperação dos ativos e dos esforços das agências responsáveis, como a Agetransp, as reclamações sobre escadas rolantes defeituosas continuam a ser um problema recorrente nos transportes públicos do Rio de Janeiro. A falta de manutenção adequada, somada ao vandalismo frequente, compromete a acessibilidade e comodidade dos usuários, gerando transtornos e colocando em risco a segurança de quem utiliza esses meios de transporte diariamente.