Processo do vereador carioca Gabriel Monteiro será votado nesta quinta, 18

Gabriel Monteiro processo

O processo do vereador e candidato a deputado federal Gabriel Monteiro (PL) começa a ser votado nesta quinta-feira, 18, na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. O político de 28 anos pode sofrer a cassação de seu mandato. No entanto, ainda assim poderia disputar as Eleições 2022. As acusações são por quebra de decoro em decorrência de crimes sexuais.

As acusações contra Gabriel Monteiro

As denúncias contra Gabriel Monteiro surgiram pela primeira vez em março deste ano. Três mulheres diferentes alegaram que tiveram relacionamentos consentidos com o vereador, mas que terminaram de forma violenta. Em seguida, apareceram denúncias de estupro contra o candidato a deputado federal.

Essas não foram as únicas acusações. Em maio, ele se tornou réu na Justiça por conta de uma filmagem feita pelo próprio Gabriel Monteiro, na qual o político mantém relações sexuais com uma adolescente. Segundo a defesa do vereador, a jovem teria dito que já tinha 18 anos.

No entanto, de acordo com a ex-assessora Luísa Caroline Bezerra Batista, que denunciou crimes de importunação sexual e assédio sexual contra o vereador, Gabriel Monteiro recebia a adolescente em sua mansão sob o som da música infantil “Galinha Pintadinha”.

Nesta quarta-feira, 17, após o recurso ser negado na Comissão de Justiça e Redação, foi a público um áudio no qual Gabriel Monteiro admite ter tido relações sexuais com uma adolescente. “É, foi bonitinha. Deu para comer a mulher gostosinha”, disse um interlocutor. Em seguida, Gabriel Monteiro respondeu. “Pô, 16 aninhos, 17 aninhos. Porque eu gosto muito de novinha”.

O processo do político

Para haver a cassação do mandato de Gabriel Monteiro, são necessários 34 votos a favor, equivalentes a dois terços dos parlamentares. No total, 51 políticos poderão votar. Porém, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), não deve participar da votação por conta da campanha do pai.

Alguns dos parlamentares estão cogitando faltar à sessão, para que não haja quórum e que a votação não possa ser realizada. Enquanto isso, Gabriel Monteiro está se concentrando na sua candidatura a deputado federal, além de pedir apoio dos seus eleitores nesta quinta, na Câmara de Vereadores.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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