Procon aponta variação superior a 500% no valor do material escolar

Com o objetivo de auxiliar os pais na busca pela economia, o Procon Goiás divulgou nesta terça-feira, 09, uma pesquisa de preços de material escolar. A avaliação aponta variação superior a 500% no valor desses produtos. Esse foi, por exemplo, o caso do valor cobrado pelo lápis preto da Faber Castell, que registrou a maior variação de preços encontrada pelos fiscais do Procon, com diferença que chegou a 566% de um estabelecimento para outro. O lápis está sendo comercializado nas papelarias da capital de R$ 0,30 a R$ 2,00.

O preço da lapiseira 7mm também apresentou diferença considerável, que chegou a 484% de uma papelaria para outra, variando de R$ 2,50 a R$ 14,60.

A cola branca líquida 90g, outro item essencial no estojo das crianças, apresentou diferença de preço superior a 430% entre os estabelecimentos, sendo comercializada de R$ 2,49 a R$ 13,25. Já o caderno espiral capa dura de uma matéria foi encontrado pelos pesquisadores com valores que variam de R$ 8,90 a R$ 26,90, apresentando uma oscilação superior a 200%.

VARIAÇÃO ENTRE 2023 E 2024

Na comparação entre 2023 e 2024, os preços médios dos produtos, individualmente, apresentaram aumento superior a 100%. É o caso do preço do estojo da Barbie, que variou de R$ 24,90, ano passado, para R$ 49,90, neste ano.

Outro produto com aumento anual expressivo, superior a 38%, foi o giz de cera com 12 unidades da Faber Castell. Em 2023, o preço médio era de R$ 8,65 e agora, em 2024, passou para R$ 11,94. No entanto, houve redução de preço em alguns produtos, como a cola bastão 20g. Em 2023, o preço médio era de R$ 10,93 e este ano caiu para R$ 8,43.

O levantamento destaca 79 itens e foi realizado nos dias 03 e 04 de janeiro, em 15 estabelecimentos de Goiânia. O material completo, com relatório e planilhas, está disponível no site do Procon Goiás.

MATERIAL ESCOLAR

O valor da mensalidade escolar é definido com base na planilha de custos, que inclui todas as despesas de custeio, ou seja, os materiais de uso coletivo. Desta forma, não devem constar produtos que não sejam para uso específico do aluno nas listas solicitadas pelas escolas.

O colégio não pode pedir material como álcool, tinta para impressora, papel higiênico, por exemplo.

O Procon orienta os pais a questionarem junto à escola quando surgir dúvidas sobre a finalidade de um item solicitado. Por exemplo, há casos em que uma pequena quantidade de copos descartáveis ou pequena quantidade de papel higiênico seja utilizado para trabalhos de arte com colagem e pintura, e não necessariamente para uso pessoal coletivo.

Vale lembrar que a escola também não pode exigir marca, modelo ou determinar o local da compra do material escolar. Cabe aos pais adquirirem os produtos nos estabelecimentos de sua preferência.

DICAS PARA ECONOMIZAR

Antes de ir às compras, pais e/ou responsáveis devem pesquisar os preços para que não pese no orçamento familiar. Algumas lojas concedem descontos para compras em grandes quantidades, portanto, sempre que possível, é interessante reunir um grupo de consumidores e discutir  essa possibilidade com os estabelecimentos.

É importante também que os pais verifiquem quais os itens que restaram do período letivo anterior (tesouras, pastas, estojos de lápis de cor, canetas) e avaliem a possibilidade de reaproveitá-los.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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