Procon apreende 1 tonelada de frango em Trindade

O Procon Goiás, em conjunto com Agrodefesa e Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do Estado de Goiás (Decon),  apreendeu 932,9 kg de frango, em Trindade. Segundo o gerente de fiscalização, Marcos Rosa, o produto apresentava duas datas distintas de fabricação e de vencimento.

Durante a vistoria na tarde de sexta-feira, 24, foram verificados pelos fiscais produtos com datas de validade remarcadas. Algumas, inclusive, constavam duas datas de vencimento. Outra parte da carga apresentava produtos com data de fabricação ou data de vencimento ilegíveis. Os produtos com as datas adulteradas foram apreendidos pelo Procon Goiás e encaminhados à Agrodefesa para providências cabíveis.

O gerente de fiscalização do Procon contou ao Diário do Estado que a inspeção partiu de uma informação repassada ao órgão. Diante da suspeita, Procon, Agrodefesa e Decon realizaram um levantamento e fizeram o monitoramento do caminhão que transportava o frango.

Segundo Marcos Rosa, a Bonasa, empresa que produziu o frango, foi autuada por divergência de informações. O estabelecimento que receberia o produto, no entanto, não recebeu autuação. “O supermercado só seria autuado se recebesse a carga”, explicou o gerente do Procon.

“O dono do estabelecimento já havia observado indício de irregularidade no produto”, completou Rosa.

Problema recorrente

Em meio ao alvoroço causado pela operação Carne Fraca, o gerente de fiscalização do Procon conta que adulterações em datas de validade são comuns, mas não apenas em carnes.

“Não apenas o consumidor deve ficar atento, mas também o fornecedor. Se a fábrica ou a granja entrega o produto com informações incorretas e o supermercado recebe o produto, ele também responderá”, alerta Marcos Rosa.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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