Procon apreende alimentos impróprios para o consumo em Goiânia

O Procon Goiânia apreendeu nesta quarta-feira (18) cerca de 50 quilos de espetinhos congelados de carnes bovinas, frango, suína e queijo provolone que estavam em embalagens sem etiquetas com datas de validade, fabricação e origem. Os produtos foram apreendidos em uma distribuidora de atacado e varejo de frios, localizada no conjunto Riviera.

No local, os fiscais também encontraram mais de dois quilos de manteiga caseira sem etiquetas de datas de validade, fabricação e origem. Os produtos apreendidos foram descartados pela equipe de fiscalização. O estabelecimento foi autuado e pode pagar uma multa que varia de R$ 680 a R$ 10,2 milhões.

Já em outro estabelecimento os fiscais apreenderam 30 quilos de linguiça para churrasco que estava vencida desde julho deste ano. Os produtos estavam expostos à venda em uma loja de frios, que fica no setor Lorena Park. A empresa também foi multada.

O Procon Goiânia alerta que o consumidor deve sempre verificar as informações básicas dos produtos antes da compra, como lote, data de fabricação e prazo de validade. Caso uma dessas informações esteja ausente, o produto não pode ser vendido.

Além disso, artigo 18, parágrafo 6, do Código de Defesa do Consumidor (CDC), dispõe que são impróprios para uso e consumo os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos, deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação; e os produtos que, por qualquer motivo, revelam-se inadequados ao fim a que se destinam.

Os fiscais do Procon Goiânia realizam frequentemente fiscalizações em supermercados, açougues, panificadoras, bares, restaurantes e outros estabelecimentos para verificar o prazo de validade dos alimentos.

O Procon Municipal orienta aos consumidores que fiquem atentos ao prazo de validade dos produtos na hora da compra e, caso flagrem irregularidades, acionem a fiscalização do Procon pelo telefone 3524-2349 ou pelo aplicativo Prefeitura 24 horas.

Anderson Marcelo- editoria de Defesa do Consumidor

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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