Última atualização 06/09/2022 | 13:31
Na manhã desta terça-feira, 6, o Procon Goiás autuou dois clubes de futebol de Goiânia por irregularidades nas vendas de ingressos. O Atlético Goianiense e o Goiás infringiram regras da meia-entrada e podem precisar arcar com uma multa de R$ 11 milhões.
A autuação do Procon Goiás
A começar pelo Atlético, o Procon autuou o clube rubro-negro por irregularidades nas vendas de ingressos para o confronto diante do São Paulo, pela Copa Sul-Americana. A partida aconteceu no dia 1º de setembro, no Estádio Serra Dourada, e contou com a presença de mais de 30 mil torcedores.
Na venda online, o Procon constatou que o Atlético não informou no site o número total de ingressos colocados à venda, bem como a quantidade destinada à meia entrada com especificação por categoria de ingresso. Além disso, o Dragão aplicou uma taxa de R$ 22,50 para os ingressos no setor Cadeira Sul São Paulo, sem informar previamente.
Por fim, o Procon também observou que, quando torcedores visitantes tentavam efetuar a compra da meia-entrada, o link não permitia que se realizasse a operação. Irregularidades na meia-entrada, inclusive, também apareceram na autuação do Goiás Esporte Clube.
O Procon apontou que o Verdão apresentou irregularidades na promoção de meia-entrada para torcedores que fossem ao estádio com a camisa da equipe. Ainda que não haja a proibição quanto a esse desconto, é obrigatório também haver a alternativa de meia-entrada para estudantes, idosos, professores, pessoas com deficiência e jovens de baixa renda.
Em contato com a assessoria do Procon Goiás, o Diário do Estado buscou mais detalhes. “O problema é que o clube deve disponibilizar a meia-entrada para estudantes, idosos e outros tipos de públicos previstos pela lei. Não pode ser apenas para quem estiver uniformizado”, explicou a assessoria.
A autuação do Goiás ocorreu no dia 26 de agosto, enquanto o monitoramento no site do Atlético aconteceu em 1º de setembro. O valor das multas a serem aplicadas aos clubes pode chegar a um total de R$ 11 milhões, de acordo com a infração, faturamento econômico da empresa e eventual reincidência das partes.
