Procon começa a analisar suspeita de preço abusivo de combustíveis 

combustíveis

A partir desta segunda-feira, 09, os analistas do Procon Goiás começam a averiguar documentos que podem apontar  irregularidades no aumento repentino de preços dos combustíveis em Goiânia. O reajuste sem motivação ocorreu na virada do ano. Uma das supostas razões apontadas é a confusão tributária causada pela iminência do fim da desoneração de impostos federais sobre o serviço. Oito entidades ligadas ao setor chegaram a ser notificadas pelo novo governo Lula.

O gerente de fiscalização do órgão estadual, Anísio Teixeira, explica que uma planilha foi montada com base nos valores registrados durante uma fiscalização na semana passada. O objetivo do trabalho é constatar suposta  margem de lucro excessiva e abusiva. “No momento estamos no campo da notificação. Foram notificadas mais de 15 distribuidoras e foram fiscalizadas as usinas para serem notificadas. Fazemos toda a cadeia: postos, distribuidoras e usinas. Não tem nada conclusivo ainda, pois estamos no campo da notificação”, detalhou.

As empresas flagradas cometendo essas infrações serão autuadas. O valor da multa depende varia, em caso de reincidência, mas depende do faturamento bruto anual, podendo ser de R$ 754 a R$ 11,3 milhões. O retorno da cobrança da PIS e Cofins sobre  gasolina, diesel e etanol representaria aumento de aproximadamente R$ 0,68 no litro da gasolina, de R$ 0,33 no diesel e de R$ 0,24 no etanol, segundo a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis). 

O governo federal eleito optou por manter a isenção por um mês enquanto avalia a decisão, apesar do rombo nas contas públicas. Mesmo após a decisão de prorrogação, o valor continuou subindo em diferentes regiões de Goiás. O argumento é de que a medida ainda não havia sido publicada no Diário Oficial, o que aconteceu posteriormente. A queda de preços no segundo semestre do ano passado coincidiram com a proximidade da campanha de Bolsonaro à presidência da República e foram consideradas eleitoreiras por especialistas.

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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