Procon de Aparecida divulga balanço da Operação Combustível Abusivo

Foi constatada formação de cartel no município

O PROCON de Aparecida de Goiânia divulgou na manhã desta quarta-feira, 22, o balanço da Operação Combustível Abusivo. A operação foi realizada pelo Departamento de Fiscalização do órgão, entre os dias 08 e 21 de novembro, em 77 postos de combustíveis diferentes.

A fiscalização tem como objetivo identificar possíveis abusos nos valores praticados pelos estabelecimentos. Foi constatado o aumento e o alinhamento dos preços de Etanol e Gasolina comercializados município, que confirma um cartel de preço. Todos os postos deverão apresentar ao Procon em um prazo de dez dias as documentações de compra do combustível a fim de apurar se houve prática abusiva no último reajuste.

Caso seja constatado aumento de preços sem justificativa, serão aplicadas penalidade administrativas previstas no Código de Defesa do Consumidor. Em caso de indícios de combinação prévia de preços, serão encaminhadas cópias dos processos administrativos à Delegacia do Consumidor (DECOM) e demais órgãos competentes da investigação de prática de cartel.

“Se comprovada elevação de preços abusiva e sem justa causa, os estabelecimentos serão autuados e responderão a processo administrativo, estando sujeitos à aplicação da sanção de multa, nos termos do Código de Proteção e Defesa do Consumidor”, enfatizou o presidente do Procon Aparecida, Marinho Rezende.

De acordo como Procon de Aparecida, as constatações pelas equipes de fiscalização que comprovaram o alinhamento de preços já foram encaminhadas para a DECOM e Ministério Publico para serem feitas todas as medidas cabíveis.

Fonte: Prefeitura de Aparecida

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp