Apesar de algumas promoções já serem anunciadas ao longo de todo o mês de novembro, a Black Friday acontece, oficialmente, no dia 26. Na manhã de hoje, o Diário Do Estado entrevistou Alexandre Vaz, superintendente do Procon Goiás. Segundo ele, o órgão estadual estará de plantão e fará fiscalização em grandes áreas de comércio da região metropolitana. O Procon de Goiânia iniciou hoje a fiscalização.
No ano passado, o Procon GO recebeu 48 denúncias referentes à Black Friday, número considerado baixo e que pode ser explicado pela pandemia. Prevemos que este ano a tendência é ter um número superior”, afirmou o superintendente do Procon.
“Metade do dobro”
Entre as principais reclamações, durante a Black Friday, estão o aumento do preço de um produto dias antes da época de promoção para, depois, anunciar o valor real maquiado de desconto. Segundo Alexandre Vaz, a legislação estadual garante que o consumidor possa solicitar uma planilha com o histórico de preços para checar se o desconto é real.
Outra fraude comum, especialmente em sites, é a de descontos muito altos, em que o valor da venda está quase abaixo do valor de custo do produto. “São geralmente empresas pouco conhecidas ou que fazem alusão de nome a grandes redes”, afirma Vaz.
Além disso, existem casos em que o produto comprado nunca chega ao consumidor. Algumas destas lojas são falsas, com sites que pretendem roubar dados bancários e de cartão de crédito.
Como saber se um site é confiável?
Diante dos riscos de golpe, o consumidor deve saber analisar se um site é seguro. Muitas vezes, os anúncios chegam como spam no celular ou nas redes sociais. Os sites destes anunciantes, são geralmente de empresas pouco conhecidas regional ou nacionalmente.
Pesquisar pelo nome da loja anunciante junto da palavra “golpe” pode ser uma saída para checar se o site é confiável. Mas não é garantia. “Os golpistas vão se adequando Provavelmente, aqueles que forem praticar golpe nos próximos dias estão criando sites com nomes que não têm nenhuma reclamação ainda”, explica o superintendente. Neste caso, o recomendado é analisar se o site é novo e buscar pelo CNPJ da empresa, checando também há quanto tempo ele existe. Também é importante analisar se o site tem símbolo de cadeado no momento em que for fazer o pagamento da compra.
Atualmente, grandes empresas permitem que lojas menores hospedem produtos dentro de seus sites. Nestes casos, o consumidor deve checar qual empresa está fazendo a venda e vai entregar o produto.
Fiscalização e denúncia
O Procon municipal de Goiânia começou nesta quarta-feira a fiscalizar estabelecimentos em shoppings, no centro da cidade e na avenida 24 de outubro, para orientar consumidores e monitorar preços, checando se os descontos são reais. A pesquisa completa será divulgada no dia 23 de novembro.
No dia 26, fiscais do Procon estadual estarão em pontos comerciais da região metropolitana para atender denúncias da população. O consumidor que estiver na loja e verificar irregularidades pode ligar para o 151, em Goiânia e para o (62) 3201-7124 em cidades do interior.
“Aqueles casos em que não conseguirmos descolar a fiscalização de imediato, vamos pedir ao consumidor que envie para nós uma foto do anúncio ou um vídeo da promoção, que, após o dia 26, estaremos notificando estas empresas para apresentar defesa ou a documentação pertinente. Mesmo após o dia 26 elas poderão ser penalizadas”, afirma o superintendente do Procon GO.
Para denunciar, existe ainda o site do Procon.
Confira a entrevista na íntegra: