Procon faz 15ª interdição de empresa de consórcio em Goiânia

O Procon Goiás interditou uma empresa de consórcio, localizada no Setor Oeste, em Goiânia,
na tarde desta segunda-feira, 14. Esta foi a 15ª interdição em empresa do ramo realizada este ano. A operação, que contou com apoio da Polícia Militar, ocorreu após recebimento de denúncia.

GOLPE

A reclamação do consumidor é de que pagou R$ 25 mil que, supostamente, seria para entrada de uma casa. Ele foi atraído pelo anúncio do imóvel no marketplace do Facebook.

Mas ao realizar a transferência do dinheiro, não conseguiu mais contato com o vendedor e não recebeu nenhum tipo de suporte da empresa.

No momento da fiscalização, outro consumidor chegou ao local fazendo reclamação de que havia também dado entrada para aquisição de uma moto. Após efetuar o pagamento de R$ 11 mil para aquisição do bem, não conseguiu mais contato com a equipe de vendas.

O proprietário do estabelecimento argumentou que não era responsável pelo que havia acontecido. Segundo ele, a empresa que lesou esses consumidores fez a sublocação de um escritório no espaço, mas não apresentou um contrato ou documento que comprovasse a afirmação.

Ao chegarem ao local, os fiscais impediram que outro consumidor fechasse negócio. De acordo com relato dele, após alguns dias de negociação, recebeu a certeza de contemplação de uma cota de consórcio se fizesse o pagamento de R$ 15 mil.

O superintendente do Procon Goiás, Levy Rafael Cornélio, afirma que continuará agindo com rigor contra esses estabelecimentos que operam em desacordo ao Código de Defesa do Consumidor.

PRÁTICAS ABUSIVAS

“Após tantas operações, temos percebido um modus operandi bem característico. Muitas empresas têm se valido da hipervulnerabilidade dos consumidores para agir, já que alguns não têm conhecimento ou são avançados em idade, caracterizando práticas abusivas”, definiu.

Segundo o superintendente todas as informações serão repassadas à Polícia Civil para que seja feita a investigação criminal.

A empresa foi autuada e interditada por crimes contra as relações de consumo. O prazo para defesa é de 20 dias.

O Procon orienta que, se o consumidor se sentir lesado e quiser fazer denúncia, os canais são os telefones 151 para quem reside em Goiânia, (62) 3201-7124 para quem mora no interiordo estado. Denúncias também podem ser feitas pela internet, por meio do Procon Web.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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