Procon Goiânia aponta variação de até 198,99 % no preço de produtos da cesta básica no mês de junho

O Programa de Defesa do Consumidor de Goiânia (Procon) divulgou pesquisa que aponta variação de até 198,99 % no preço de produtos da cesta básica no mês de junho. O levantamento foi realizado entre os dias 18 a 19 de junho e avaliou 30 itens, como tomate comum, farinha de mandioca, banana prata, feijão, café, arroz Tio Jorge 5 kg, leite em nove estabelecimentos comerciais da capital.

As cinco maiores variações estão entre 198,99% e 109,05%, com destaque para o tomate comum, que oscila entre R$ 3,98 e R$ 11,90 por quilo. Já a banana prata apresentou variação de 157,59%, podendo ser encontrada de R$ 3,49 a R$ 8,99 por quilo; a farinha Yoki de 500 gramas registrou variação de 148,12%, custando de R$ 3,99 a R$ 9,90. A banana nanica teve variação de 133,78%, variando de R$ 2,99 a R$ 6,99 por quilo. A menor variação foi no tomate saladete ou italiano, com 109,05%, podendo ser encontrado de R$ 4,97 a R$ 10,39 por quilo.

Ainda de acordo com a pesquisa, o consumidor que optar pelos preços mais baixos desses cinco produtos terá um gasto de R$ 19,42. Já se escolher os produtos com os preços mais altos, pagará R$ 48,17. Isso representa uma economia potencial de R$ 28,75 na compra desses itens.

As cinco menores variações estão entre 9,69% e 20,35%, com destaque para o arroz Tio Jorge de 5 kg, que teve a menor variação, podendo ser encontrado de R$ 31,90 a R$ 35,05. O café 3 Corações de 500 gramas registrou variação de 11,94%, podendo ser encontrado de R$ 15,99 a R$ 17,90; o feijão Barão por quilo teve variação de 20,03%, com preço de R$ 7,99 a R$ 9,59. Já o leite Bom por litro apresentou variação de 20,04%, variando de R$ 4,99 a R$ 5,99. O arroz Cristal de 5 kg teve variação de 20,35%, sendo encontrado de R$ 32,48 a R$ 39,09.

Segundo a pesquisa, o consumidor que comprar os itens pelo menor preço terá um gasto de R$ 93,44. Já se optar pelos produtos com os preços mais altos, pagará R$ 107,62. Isso significa uma economia de R$ 14,18 na aquisição desses produtos.

O levantamento visa informar e alertar o consumidor sobre as variações de preços de produtos da cesta básica, fornecendo detalhes sobre o custo mensal para um trabalhador comprá-los. “O objetivo desta pesquisa é auxiliar o consumidor no momento da compra, possibilitando melhor planejamento e maior economia. A pesquisa revela variações percentuais entre produtos da mesma marca e oferece referência ao consumidor por meio de preços médios obtidos na amostra”, destaca Raphael dos Santos, presidente do Procon Goiânia.

Metodologia

O Procon Goiânia também informa que a responsabilidade do comerciante abrange os seguintes casos: se o fabricante, produtos ou importador não puderem ser identificados; se não houver clareza na informação concernente à comercialização do produto; se o comerciante não providenciar conservação adequada do produto.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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