Procon Goiânia aponta variação de até 317,73% no preço de produtos da cesta básica

A Prefeitura de Goiânia, por meio do Programa de Defesa do Consumidor (Procon Goiânia), divulgou, nesta quarta-feira, 23, pesquisa realizada de 16 a 18 de agosto, que aponta variação de até 317,73% no preço de 30 produtos da cesta básica, em nove estabelecimentos comerciais da Capital. Na comparação do valor da cesta básica, de julho de 2023, o levantamento registrou uma redução de 3,72%.

As cinco maiores variações estão entre 317,73% e 99,18%, com destaque para o tomate saladete, que varia de R$ 2,99 a R$ 12,49. Já o feijão Dona Cota teve variação de 179,12%, podendo ser encontrado de R$ 4,98 a R$ 13,90, e o pão francês registrou variação de 120,12%, com o quilo custando de R$ 9,99 a R$ 21,99, e o café Moinho Fino teve variação de 99,18%, podendo ser encontrado de R$ 10,99 a R$ 21,89.

Com a pesquisa, o consumidor que realizar compra pelo menor preço desses produtos, terá despesa de R$ 32,94. Já se fizer compras com o maior valor, pagará R$ 79,26. Sendo assim, se utilizar a pesquisa do Procon como base para suas compras, poderá economizar R$ 46,32, apenas nesses cinco itens, e ter economia considerável ao final de toda lista.

Já as cinco menores variações estão entre 25,06% a 13,23%, com destaque para o arroz Tio Jorge 5 quilos, que teve a menor variação podendo ser encontrado de R$ 21,99 a R$ 24,90. O leite Italac 1 litro registrou variação de 25,06%, podendo ser encontrado de R$ 3,99 a R$ 4,99; o café 3 Corações 500 gramas foi encontrado com variação de 26,02%, com preço de R$ 14,99 a R$ 18,89.

Com a pesquisa, o consumidor que realizar compra pelo menor preço desses produtos terá despesa de R$ 83,86. Já se fizer compras com o maior valor, pagará R$ 100,08. Utilizando a pesquisa do Procon como base para suas compras, poderá poupar R$ 16,22 apenas nesses cinco itens, e ter economia considerável ao final de toda lista.

De acordo com o Procon Municipal, o levantamento busca informar e alertar o consumidor quanto às variações de preços de alguns produtos da cesta básica, e detalhar o gasto mensal que um trabalhador teria para comprá-los. “O objetivo desta pesquisa é auxiliar o consumidor, no momento da compra, possibilitando melhor planejamento e maior economia. A pesquisa, assim, revela variações porcentuais entre produtos da mesma marca, oferecendo referência ao consumidor por meio de preços médios obtidos na amostra”, destaca o presidente do Procon Goiânia, Júnior Café.

Metodologia

A pesquisa do Procon Goiânia é realizada com metodologia diferente da que é feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), por utilizar várias marcas do mesmo produto da cesta básica. Ao proceder à comparação de preços, o Procon Goiânia utilizou produtos da mesma marca. O órgão enfatiza que nem todos os produtos pesquisados foram encontrados em todos os estabelecimentos visitados. Informa que a pesquisa reflete momento específico e, por essa razão, os preços atuais podem ser diferentes quando o consumidor realizar suas compras. Destaca, ainda, que lojas da mesma rede praticam preços diferenciados.

O Procon Goiânia também informa que a responsabilidade do comerciante abrange os seguintes casos: se o fabricante, produtos ou importador não puderem ser identificados, se não houver clareza na informação concernente à comercialização do produto, e se o comerciante não providenciar conservação adequada do produto.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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