Procon Goiânia aponta variação de até 404% no preço de produtos hortifrúti em novembro

A Prefeitura de Goiânia, por meio do Programa de Defesa do Consumidor (Procon Goiânia), divulgou, nesta sexta-feira ,17, pesquisa realizada de 13 a 16 de novembro de 2023, que aponta variação de até 404,04% no preço de 20 produtos de hortifrúti, em nove estabelecimentos comerciais da Capital.

As cinco maiores variações de frutas estão entre 404,04% e 133,78%, com destaque para a laranja, que oscila de R$ 0,99 a R$ 4,99. Já a manga teve variação de 402,52%, podendo ser encontrada de R$ 1,99 a R$ 7,99, enquanto o mamão registrou variação de 152,91%, com preço entre R$ 3,95 a R$ 9,99. Já a banana nanica registrou uma variação de 133,78%, entre R$ 2,99 e R$ 6,09.

Pela pesquisa, o consumidor que realizar compra pelo menor preço desses produtos terá despesa de R$ 15,89. Já se fizer suas compras e se deparar com o maior valor, a despesa será de R$ 39,05. Assim, se utilizar a pesquisa como base para suas compras, poderá economizar R$ 23,18, apenas nesses cinco itens, o que resultará em economia considerável ao final de toda a lista.

As três menores variações de frutas estão entre 100,25% e 133,78%, diferença considerável, conforme aponta o Procon Municipal. Com a pesquisa, o consumidor poderá economizar, pois, se realizar a compra pelo menor preço desses três itens, a despesa será de R$ 10,61, considerando a banana prata, com variação de 100,25%; o limão, que teve variação de 120,11%; e a banana nanica, variando entre 133,78%, pode ser encontrada de R$ 2,99 a R$ 6,99.

Já o consumidor que, ao efetuar suas compras, encontrar esses itens com o maior preço, terá despesa de R$ 22,99. Assim, ao utilizar o levantamento como base para suas compras, poderá economizar R$ 12,36 apenas nesses três itens.

Verduras

As cinco maiores variações das verduras estão entre 727,27% a 169,02%, com destaque para a mandioca, que varia de R$ 0,99 a R$ 10,23; o tomate saladete, que teve variação de 225,31% e pode ser encontrado de R$ 3,99 a R$ 12,98; o quiabo, com variação de 202,88%; o repolho, que variou de 201,01%, e pode ser encontrado de R$ 1,99 a R$ 5,99. O preço da cebola registrou variação de 169,02%.

Com a pesquisa, o consumidor que realizar compra pelo menor preço desses produtos terá despesa de R$ 14,46. Se, contudo, encontrar esses itens em seus maiores preços, gastará R$ 50,88. Isso representa a possibilidade de economia de R$ 36,42 na aquisição desses cinco itens.

As três menores variações das verduras estão entre 60,12% a 120,67%. O chuchu teve a menor variação, 60,12%, e é encontrado de R$ 4,99 a R$ 7,99. Por sua vez, a cenoura teve variação de 117,90%, e seu preço oscila entre R$ 2,29 e R$ 4,99, enquanto o alho, com variação de 120,67%, variando de R$ 14,95 a R$ 32,99.

Orientação consumidor

De acordo com o Procon, o levantamento busca informar e alertar o consumidor quanto às variações de preços de alguns produtos de hortifrúti, e detalhar o gasto mensal que um trabalhador teria para comprá-los. Destaca que o consumidor deve ficar em alerta, pois os preços podem variar em função do armazenamento, climatização, tonalidade, tamanho, temporalidade e sazonalidade.

“O objetivo desta pesquisa é auxiliar o consumidor, no momento da compra, possibilitando-lhe melhor planejamento e maior economia. A pesquisa, assim, revela variações porcentuais entre produtos da mesma marca, oferecendo referência ao consumidor por meio de preços médios obtidos na amostra”, destaca o presidente do Procon Goiânia, Júnior Café.

É obrigatório, segundo o órgão de defesa do consumidor, que o prazo de validade do produto seja apresentado com clareza e sem rasura. O consumidor precisa se atentar para o fato de que etiquetas sobrepostas podem indicar possível adulteração. O Procon ressalta a importância das condições de armazenamento, uma vez que, ainda que um alimento não apresente prazo de validade vencido, pode estar deteriorado, caso as condições de conservação não estejam corretamente observadas.

“Pesquisar é o melhor caminho para que o consumidor faça economia e tenha satisfação na compra dos produtos. Marcas conhecidas nem sempre são sinônimo de melhor qualidade. Busque o produto que lhe atenda conforme sua necessidade e que esteja dentro do seu orçamento’’, pontua Júnior Café.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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