Procon Goiânia aponta variação de até 768% no preço de itens da cesta básica em setembro

O Procon Goiânia divulgou, nesta quarta-feira, 25, uma pesquisa realizada entre os dias 23 e 24 de setembro de 2024, que constatou variação significativa nos preços de itens da cesta básica em diversos supermercados da capital. A pesquisa, focada em variação de preços da cesta básica, analisou 30 produtos em nove estabelecimentos comerciais, com o objetivo de fornecer informações que ajudem o consumidor a economizar.
 
Entre os produtos que registraram as maiores variações de preço estão:
  • Tomate saladete/italiano: Variação de 768,12%, com preços oscilando entre R$ 0,69 e R$ 5,99.
  • Tomate comum: Oscilou entre R$ 1,59 e R$ 5,99, resultando em uma variação de 276,73%.
  • Pão francês: Com variação de 144,61%, os preços variaram de R$ 8,99 a R$ 21,99.
  • Batata inglesa: Registrou variação de 87,29%, sendo encontrada entre R$ 4,80 e R$ 8,99.
  • Banana prata: Preços variaram de R$ 4,99 a R$ 8,99, com uma variação de 80,16%.
Segundo o Procon, o consumidor que optar pelos menores preços desses cinco itens pode gastar cerca de R$ 21,06, enquanto aqueles que comprarem pelos valores mais altos podem gastar até R$ 51,95, gerando uma economia de até R$ 30,89. Essa economia no orçamento é crucial para os consumidores que buscam otimizar suas compras.
 
Já entre os produtos com as menores variações de preço, estão:
  • Arroz Tio Jorge (5 kg): Variação de 10,35%, com preços entre R$ 28,99 e R$ 31,99.
  • Arroz Cristal (5 kg): Oscilou entre R$ 36,88 e R$ 41,09, uma variação de 11,42%.
  • Óleo de soja Soya (900 ml): Variação de 12,65%, com preços entre R$ 5,85 e R$ 6,59.
  • Arroz Califórnia (5 kg): Registrou variação de 15,38%, com preços variando entre R$ 31,98 e R$ 36,90.
  • Feijão Barão (1 kg): Variação de 15,40%, oscilando entre R$ 7,79 e R$ 8,99.
A pesquisa também aponta que o consumidor que realizar suas compras pelo menor preço desses cinco itens poderá gastar R$ 111,49. Caso opte pelos maiores preços, o custo pode chegar a R$ 125,56, possibilitando uma economia adicional de até R$ 14,07.
 
Comparação Mensal
Ao comparar o valor da cesta básica de agosto de 2024 (R$ 601,74) com o de setembro (R$ 594,18), observou-se uma redução de 1,27% no custo dos itens essenciais. Essa redução, embora pequena, é um sinal positivo para os consumidores.
 

Metodologia

A pesquisa do Procon Goiânia foi realizada com base em produtos de uma mesma marca, e nem todos os produtos estavam disponíveis em todos os estabelecimentos. Além disso, o estudo reflete os preços vigentes no momento da pesquisa, e os valores podem variar no ato da compra. Lojas da mesma rede também podem praticar preços diferentes.
 
O Procon ressalta a importância da atenção dos consumidores para informações claras sobre o prazo de validade dos produtos e as condições de armazenamento. Etiquetas sobrepostas podem indicar adulteração, e produtos mal armazenados, mesmo que dentro do prazo de validade, podem estar deteriorados.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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