Procon Goiânia registra variação de até 376,88% no preço do tomate

Procon Goiânia registra variação de até 376,88% no preço do tomate

A Prefeitura de Goiânia, por meio do Programa de Defesa do Consumidor (Procon Goiânia), realizou pesquisa de preços entre os dias 3 e 8 de novembro de 2022. O levantamento avaliou 30 produtos da mesma marca, em dez estabelecimentos da capital, e constatou que a oscilação dos valores pode chegar a 376,88%. É o caso do tomate saladete/italiano, que pode ser encontrado de R$ 1,99 a R$ 9,49 o quilo.

O preço da batata inglesa apresentou variação de 235,45%, de R$ 2,68 a 8,99 o quilo. O quilo da banana prata pode custar de R$ 3,99 a R$ 9,99, uma variação de 150,38%. Entre os itens com menores variações estão o arroz (9,10%) e a carne de coxão duro (18,91%).

Comparando a cesta básica de novembro com a de agosto de 2022, observa-se um aumento de 7,21%. Já comparando a mesma cesta com o mês de setembro de 2022, o aumento é de 3,59%.

A pesquisa do Procon Goiânia tem realização com uma metodologia diferente do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), utilizando várias marcas do mesmo produto. O objetivo é informar e alertar os consumidores quanto às variações de preços de produtos da cesta básica.

É feita uma média entre todos os estabelecimentos, multiplica-se pela estimativa de consumo mensal fornecido pelo Decreto Lei nº 399, tomando por base o menor preço de cada produto. Dessa forma, o Procon Goiânia chegou ao valor total de R$ 628,67 no mês de novembro.

Capitais

De acordo com o Dieese, os maiores valores da cesta básica estão nas cidades de São Paulo e Florianópolis. Já os menores estão na cidade de Aracaju e Salvador. Goiânia estava em 9º lugar em julho de 2022, continuando na mesma posição em agosto e setembro. A pesquisa Dieese referente aos meses de outubro e novembro não foi disponibilizada.

Em caso de elevações abusivas de preço, o Procon Goiânia recomenda aos consumidores que denunciem pelos canais de atendimento: (62) 3524-2942, 3524-2936 e aplicativo Prefeitura 24hrs.

“Pesquisar é o melhor caminho para que o consumidor faça economia e tenha satisfação na compra dos produtos. Marcas conhecidas nem sempre são sinônimos de melhor qualidade. Busque o produto que lhe atenda conforme a sua necessidade, e que esteja dentro do seu orçamento”, alerta o presidente do Procon Goiânia, Júnior Café.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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