Procon Goiás indica variação de quase 250% em preços de ovos de Páscoa

Procon Goiás indica variação de quase 250% em preços de ovos de Páscoa

Esta é a última semana da Quaresma e a procura pelos ovos de chocolate deve aumentar nestes dias que antecedem o domingo de Páscoa. Pensando em auxiliar o consumidor, entre os dias 11 e 21 de março o Procon Goiás realizou pesquisa de preços com itens mais procurados no período, como ovos de Páscoa, barras e caixas de chocolates e colombas. Foi feito o levantamento de 115 produtos em 29 estabelecimentos de Goiânia. A pesquisa completa, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.

Além dos industrializados, os pesquisadores do Procon Goiás também colheram informações sobre os produtos do que chamaram de Linha Excelência, comercializados em lojas de renome nacional, e Linha Gourmet, de confeitarias da capital. Segundo levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas da capital (CDL Goiânia), o goianiense pretende gastar em média R$ 90 na compra dos produtos de Páscoa.

Principais variações

A maior variação de preço identificada foi de 248,46%, no ovo de Páscoa Passatempo 220g, que teve valor de venda entre R$ 17,19 e R$ 59,90. Outro item com oscilação considerável (109,42%) foi a barra de chocolate Blend Nestlé 1kg, comercializada entre R$ 30,99 e R$ 64,90. O ovo de Páscoa Kinder Ovo 150g teve diferença de preço de quase 95%, tendo o menor preço apontado de R$ 61,69 e o maior R$ 119,90.

Para quem for procurar caixa de bombom como alternativa, é preciso atenção. No levantamento, os pesquisadores identificaram que a caixa de bombom Nestlé teve variação de quase 90% e foi encontrada com menor preço de R$ 9,95 e maior R$ 18,79. Muito procurado pela população, o ovo Sonho de Valsa 277g também foi encontrado com variação de preços significativa (54,77%). O produto tem sido vendido de R$ 41,99 a 64,99.

Linha Excelência e Gourmet

A linha gourmet e artesanal impossibilita a pesquisa de comparação de preços, já que cada estabelecimento possui um estilo de culinária. Os produtos utilizados também variam, porque algumas lojas usam chocolates importados e outras nacionais. A recomendação é que o consumidor fique atento. Da Linha Excelência, por exemplo, há lojas com ovos variando de R$ 54,99 a R$ 159,90. Da Linha Gourmet, há confeitaria em Goiânia com ovos entre R$ 68 e R$ 207.

Variação anual

Os pesquisadores do Procon Goiás também analisaram a variação de preços anual, comparando os valores deste ano com os praticados em 2023. A maior variação média encontrada foi de quase 28% do ovo Ferrero Rocher, que ano passado tinha preço médio de R$ 105,91 e este ano de R$ 134,71. Também foi constatada queda de preços, como no ovo Crocante da Garoto 215g, que em 2023 tinha o preço médio de R$ 46,37 e este ano R$ 38,57, queda de quase 17%.

Orientações para a compra

O Procon Goiás recomenda ao consumidor sempre realizar a pesquisa de preços dos produtos antes de efetuar a compra. E a pesquisa deve ser realizada em vários estabelecimentos, uma vez que há variação significativa de valores e de produtos. Uma dica para quem quer economizar nas compras está em considerar a possibilidade de substituir os ovos por outra versão do chocolate, como barras ou caixas de bombom, que são consideravelmente mais baratos.

Quando houver brinquedos no interior do ovo de Páscoa, verifique se na embalagem contém o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e a faixa etária indicada. Os rótulos também devem trazer, além da identificação do fabricante, a data da validade, peso e a composição.

Muita gente espera por promoções que as lojas fazem em razão do ovo de Páscoa estar quebrado. Essas informações devem ser passadas de forma clara e objetiva. Importante lembrar que isso não dá ao consumidor o direito de reclamar posteriormente a compra.

No caso de ovos artesanais, é preciso atenção à procedência dos produtos utilizados. O ideal é sempre comprar com confeiteiros conhecidos ou que tenham referências. Mesmo não sendo produzido de maneira industrial, o produto deve ter informações na embalagem como data de fabricação e de validade.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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