Procon Goiás notifica Enel por falta de energia após fortes chuvas na capital

Procon Goiás notifica Enel por falta de energia após fortes chuvas na capital

Devido ao aumento de reclamações sobre a interrupção e o mau fornecimento de energia elétrica no Estado, principalmente durante o período de fortes chuvas na capital, o Procon Goiás notificou, nesta terça-feira, 29, a concessionária Enel para que a mesma preste esclarecimentos sobre a qualidade dos serviços prestados. A empresa terá o prazo de 48 horas para apresentar o relatório solicitado.

“Notificamos a Enel para verificar se há defeitos ou não na prestação dos serviços”, frisou o superintendente do Procon Goiás, Levy Rafael Cornelio. Em outubro deste ano, a concessionária já foi notificada pelo órgão quando anunciou a possível suspensão de serviços de manutenção no Estado. “Com o início do período chuvoso, a nossa preocupação era que a situação pudesse se agravar. E o que temíamos está acontecendo”, relatou.

De acordo com o superintendente, as queixas sobre falhas no serviço de atendimento ao cliente, falta de luz em vários bairros e, principalmente, a demora no restabelecimento da energia elétrica aumentaram após o anúncio da venda da companhia para o Grupo Equatorial.

“A Enel está só esperando a autorização da Aneel para sair do Estado e, enquanto isso, podemos perceber uma falta de interesse por parte dela em resolver os problemas”, afirmou Levy. O superintendente reiterou ainda que o Procon Goiás está atento às movimentações da empresa. “Vamos fiscalizar de forma contundente as ações da Enel no Estado até o último dia”, garantiu.

Dentre os dados que deverão ser apresentados pela empresa, estão os Indicadores Coletivos de Continuidade e Coletividade para identificar quanto tempo a empresa deixou de fornecer energia; qual foi o prazo para restabelecer a ligação; valores de compensação aos clientes; além do relatório do tempo de atendimento das ocorrências emergenciais, com informações mensais, para o período de 2018 a 2022.

 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp