Procon multa Águas do Rio em R$ 16 milhões por rompimento de adutora

Procon multa Águas do Rio em quase R$ 16 milhões por rompimento de adutora na Zona Norte do Rio

O rompimento da adutora em Rocha Miranda resultou na morte de uma idosa e causou danos materiais a diversos moradores da região, em novembro. A concessionária, que tem 30 dias para recorrer da decisão, informou que se manifestará nos autos do processo administrativo.

Adutora se rompe em Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio. — Foto: Anne Poly/ TV Globo

A Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (SEDCON) e o PROCON-RJ aplicaram, na última sexta-feira (27), uma multa de R$ 15,9 milhões à concessionária Águas do Rio, após o rompimento de uma adutora em Rocha Miranda, Zona Norte do Rio, que resultou na morte de uma idosa e causou danos materiais a diversos moradores da região, em novembro de 2024.

A decisão foi tomada após análise da defesa administrativa da empresa e considerou a gravidade da falha na prestação de serviço público. A concessionária tem 30 dias para recorrer da decisão.

A idosa Marilene Rodrigues, de 79 anos, que morreu soterrada no incidente, era conhecida como ‘Vovó Lena’ e fazia sucesso em vídeos bem humorados de funks nas redes sociais.

Menos de 10 segundos foram suficientes para que o trecho da Rua das Opalas fosse destruído pela força da água em frente à casa da idosa. O jato de água ultrapassou a altura das casas e, em 20 segundos, a via inteira ficou alagada.

O Procon carioca já havia multado a concessionária no dia 2 de dezembro em mais de R$ 13,6 milhões, devido a falhas no fornecimento de água na cidade do Rio de Janeiro.

A demora na normalização do fornecimento de água causou transtornos para a população e o comércio. Hospitais e clínicas tiveram que suspender cirurgias eletivas, e algumas escolas e universidades decidiram cancelar as aulas.

O QUE DIZ A EMPRESA

“A Águas do Rio informa que foi notificada da decisão e se manifestará nos autos do processo administrativo”

Imagens exclusivas mostram estouro de adutora que causou morte de idosa.

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Polícia Civil indicia homem por feminicídio no Centro do Rio: vítima tinha medida protetiva contra o ex-companheiro e foi assassinada a facadas.

A Polícia Civil indiciou um homem nesta quinta-feira (09) pela morte de Eduarda Ferreira Soares, de 26 anos, vítima de feminicídio no Centro do Rio. Ela foi assassinada a facadas na Praça Tiradentes, em 15 de dezembro. Eduarda tinha uma medida protetiva contra o ex-companheiro, identificado como Carlos Damião, que foi preso menos de 24 horas após o crime em Manhuaçu (MG).

O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público após a Polícia Civil indiciar Carlos Damião por feminicídio e furto qualificado no caso de Eduarda Ferreira Soares. Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) efetuaram a prisão do suspeito durante uma fiscalização no km 588 da BR-116, em Munhuaçu (MG).

De acordo com as investigações, Eduarda estava sentada em um banco na Praça Tiradentes, conversando com amigos, quando foi surpreendida pelo ex-companheiro armado com uma faca. Ao tentar fugir para o prédio onde morava, a vítima escorregou e foi alcançada por Carlos Damião, que desferiu os golpes fatais.

Após cometer o crime, o suspeito fugiu levando o carro de Eduarda. Os agentes da DHC contataram a PRF, que monitorou o veículo até localizá-lo no distrito de Realeza, em Manhuaçu. Segundo relatos da mãe da vítima, Mariley Ferreira, o relacionamento entre Carlos e Eduarda havia terminado em junho de 2024, e mesmo com a medida protetiva, a filha continuava sendo ameaçada pelo ex.

Carlos, que tinha antecedentes criminais e atuava como receptador de telefones celulares roubados, os quais eram vendidos no Mercado Popular da Uruguaiana, foi apontado como o responsável pela morte de Eduarda. A mãe da vítima lamentou a tragédia, ressaltando que as ameaças constantes feitas pelo ex-companheiro não foram suficientes para evitar a fatalidade.

O caso evidencia a gravidade da violência contra a mulher e a importância de medidas protetivas eficazes para evitar feminicídios. A atuação conjunta da Polícia Civil e da PRF foi fundamental para a prisão do suspeito e a resolução do crime, demonstrando a importância da integração entre as forças de segurança. A família de Eduarda Ferreira Soares busca por justiça e espera que o responsável seja devidamente punido pelo brutal assassinato.

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