O Procon-RJ está cobrando explicações sobre as dificuldades enfrentadas na emissão do cartão Jaé no Rio de Janeiro. A empresa responsável pela emissão, a CBD Bilhete Digital, foi intimada a prestar esclarecimentos após passageiros reclamarem de longas filas. O prazo para quem tem gratuidade é até o dia 5 de julho, e a falta de estrutura e o tempo de espera têm gerado desconforto entre os usuários.
A Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (SEDCON) e o Procon do Estado do Rio de Janeiro emitiram a intimação nesta sexta-feira (20). A empresa tem cinco dias para apresentar um plano detalhado de atendimento à população, incluindo a lista dos pontos de entrega dos cartões, capacidade de atendimento por ponto, quantidade de funcionários, horários de funcionamento, identificação de locais com atendimento prioritário e evidências de ampla divulgação das informações.
Gutemberg Fonseca, secretário estadual de Defesa do Consumidor, enfatiza que a CBD Bilhete Digital deve cumprir o prazo estabelecido para evitar a suspensão imediata da distribuição do cartão Jaé. Relatos de espera de até cinco horas e a falta de estrutura básica, como cadeiras e água, levaram à preocupação com a segurança e conforto dos consumidores, especialmente os mais vulneráveis.
A situação se agrava com o prazo se encerrando em pouco mais de duas semanas para os passageiros com gratuidade retirarem os cartões. O Jaé, utilizado por 15% dos passageiros atualmente, enfrenta desafios na integração com o sistema municipal de bilhetagem. A Prefeitura do Rio anunciou a transição para o uso do Jaé nos modais municipais, com início das gratuidades em 5 de julho e para os demais usuários em 2 de agosto.
Enquanto ainda estão em negociações para a integração entre os sistemas da Prefeitura do Rio e o sistema estadual de bilhetagem, passageiros e autoridades aguardam definições sobre como será feita a transição. O MetrôRio aguarda orientações do governo estadual, e a Secretaria Municipal de Transportes destaca a instalação de validadores do Jaé nas estações para integrar ônibus municipais. A continuidade do Bilhete Único Intermunicipal e a falta de transferência de créditos do Riocard para o Jaé geram dúvidas entre os usuários.
A busca por soluções e esclarecimentos sobre a emissão e utilização do cartão Jaé no Rio de Janeiro reflete a importância de garantir um serviço eficiente e acessível para a população. O monitoramento contínuo da situação e a cobrança por melhores condições de atendimento evidenciam a preocupação das autoridades e da sociedade em relação aos direitos e bem-estar dos consumidores.
