Procura por testes de Covid-19 aumenta 520%, em Goiânia

A procura por testes de Covid-19 segue crescendo em Goiânia, fazendo com que os locais permaneçam lotados, com registro de desrespeito a protocolos básicos como o uso de máscaras, mesmo após a Capital ter acrescentado novos postos. Na primeira semana de junho, por exemplo, houve aumento de 520,6%, se comparada a primeira semana de maio. No mês passado, a Secretária Municipal de Saúde (SMS) contabilizou 4.212 testes entre os dias 2 e 8. Já neste mês, entre os dias 30 de maio e 6 de junho, foram aplicados 26.142 testes, dos quais, 5.882 (22,5%) foram positivos. Em maio, a taxa de positivados foi menor, ficando em 16%.

A tendência, no entanto, é de continuar em alta. Na semana passada, por exemplo, a prefeitura realizou 45.269 testes, sendo que 11.473 pessoas foram diagnosticadas com a doença. Ou seja, 25,3% das pessoas que se submeteram ao teste oferecido pela SMS estavam infectados. Mesmo com a alta na procura pelo serviço e nos casos positivos, a secretaria de saúde municipal diz que por parte da gestão municipal, não há tratativa de retorno do uso obrigatório de máscaras.

Aumento

O aumento, segundo o infectologista Marcelo Daher, está relacionado a nova variante da doença, a BA2. Essa variante é conhecida por ter um maior pode de transmissão, podendo até mesmo aumentar o número de internações na capital.

“Mesmo sendo responsável pelo aumento no número de casos, o número de óbitos terá pouco aumento. A recomendação para o uso de máscaras deve ser feita, principalmente para pessoas de maior risco e que apresentem sintomas gripais. Porém, acho pouco provável que medidas mais restritivas voltem a ser adotadas. Mesmo que fossem estipuladas novas medidas, pouco provavelmente seriam cumpridas”, concluiu.

Testagem

Atualmente, a capital realiza a testagem em seis pontos diariamente, sendo quatro tendas e dois drive-thru. Nesta terça-feira (14), por exemplo, a testagem na modalidade tenda está na Praça da Feira do Conjunto Vera Cruz II, Praça da Feira – em frente ao Tijolão, Praça do Berimbau e Associação dos Moradores do Setor União. Os Drives, por outro lado, estão no Jardim Botânico de Goiânia e em frente à Escola Municipal Walterloo Prudente.

Já nesta quarta-feira (15), as tendas serão montadas no Núcleo de Assistência Social do Estrela Dalva, Cepal do Jardim América, Praça da Juventude do Jardim Aroeiras e Parque da Lagoa. Os drives que não precisam de agendamento prévio, estaram na Associação de Moradores do Setor União e no arque Agropecuário de Goiânia. O atendimento para a população começa às 8h, mas se estende até 17h. (Veja locais)

Marcelo Daher acredita que medidas mais restritivas não devem ser adotadas. (Foto: Divulgação/Arquivo pessoal)

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp