Procura por viagens aéreas dentro do país sobe 2,55% em maio

A demanda por viagens aéreas domésticas cresceu pelo terceiro mês consecutivo, com alta de 2,55% em maio ante o mesmo mês do ano passado. Ainda assim, a taxa tem sido progressivamente mais baixa, considerando-se os resultados de 5,90% em março e 3,20% em abril.

Os dados foram divulgados hoje (22) pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) e são referentes às operações das empresas associadas Avianca, Azul, Gol e Latam, que respondem juntas por mais de 99% do mercado doméstico.

Também em maio, a oferta registrou expansão de 3,24%, superior à evolução da demanda, o que levou à piora do fator de aproveitamento, que caiu 0,53 ponto percentual, deixando em 77,92% a taxa de ocupação dos assentos disponíveis no período. É o primeiro recuo da estatística, desde abril do ano passado, o que indica a permanência de instabilidades no mercado, segundo a Abear. Foram 7,1 milhões de viagens domésticas realizadas no mês, alta de 4,12%.

De acordo com a entidade, na observação dos resultados do mês de maio na série histórica, à exceção de maio de 2016, os números da oferta são os mais baixos desde 2012, enquanto os da demanda, do volume de passageiros e do fator de aproveitamento são os mais baixos desde 2013.

Para a Abear, a base estatística de 2016 tem atipicidades decorrentes das instabilidades do quadro político-econômico, “o que dificulta análises seguras e limita a realização de projeções”. Em comunicado, a entidade informou que somente em março chegou ao fim o ciclo de repetidas retrações da demanda, iniciado em agosto de 2015. “Nos meses de março, abril e maio de 2016 o mercado registrou as piores variações de todo o ano passado.”

De acordo com a Abear, a Gol liderou com 35,28% a participação do mercado doméstico, em maio deste ano. Em seguida, vem a Latam com 32,52%, a Azul com 19,02% e a Avianca com 13,18%.

Voos internacionais

No mercado internacional, o crescimento foi de 11,98% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. A demanda das associadas da Abear permaneceu em alta pelo oitavo mês seguido. Segundo a associação, ainda que em patamar distinto do mercado doméstico, também nesse caso as taxas de evolução têm sido gradualmente mais baixas ao longo dos últimos três meses.

Em maio, a oferta registrou expansão de 8,90% no mês. Com a demanda avançando mais do que a oferta, o fator de aproveitamento teve melhoria de 2,33 pontos percentuais, situando-se em 84,58% de ocupação dos assentos disponíveis. Somaram 617 mil passageiros transportados nas rotas internacionais pelas companhias aéreas brasileiras, alta de 8,98% sobre o mesmo mês do ano passado.

Os valores de oferta, demanda, volume de passageiros e fator de aproveitamento são os mais elevados para o mês de maio na série histórica. As estatísticas são referentes às operações das empresas Avianca, Azul, Gol e Latam, que respondem por aproximadamente 30% do mercado internacional.

Entre as empresas brasileiras, a Latam liderou com 80% a participação do mercado internacional, em maio desse ano, seguida da Gol, com 9,74%. A Azul participou com 10,18% e Avianca com 0,09%.

Acumulados do ano

No acumulado de janeiro a maio deste ano, a demanda doméstica teve crescimento de 0,90% na comparação com igual período do ano passado. A oferta, por outro lado, apresenta ligeiro recuo de 0,04%. O fator de aproveitamento registra aprimoramento de 0,75 ponto percentual (80,32% de ocupação). O volume de passageiros avançou 0,18%, somando 36,4 milhões de viagens realizadas.

Já no mercado internacional a demanda teve crescimento acumulado de 11,19% no mesmo período. A oferta cresceu menos, 6,20%, levando a uma melhoria de 3,83 pontos percentuais do fator de aproveitamento (85,34% de ocupação). Foram 3,4 milhões os passageiros internacionais transportados nos cinco primeiros meses do ano, o que representa avanço de 10,70% sobre o total de 2016.

Fonte: Agência Brasil

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp