“Errei. E minha consciência me leva a fazer o correto: pedir desculpas à pessoa diretamente afetada, o ex-presidente Lula”, escreveu a procuradora .
Na reportagem, comentários maldosos de membros da força-tarefa da Lava Jato sobre a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia e também do irmão de Lula, Vavá , e de seu neto, Arthur , foram revelados.
Em um grupo, Jerusa questionou: “Querem que eu fique pro enterro”, após o outro procurador, Julio Noronha, publicar um link sobre a morte de Marisa. Em outro momento, os procuradores discutiram sobre a ida ou não de Lula para o enterro do irmão. Jerusa demonstrou preocupação caso o pedido fosse negado: “Vamos apanhar muito por causa disso”.
Já em 1º de março, Jerusa Viecili compartilhou um link sobre a morte de Arthur e escreveu: “Preparem para nova novela ida ao velório”. Outro procurador, Athayde Ribeiro Costa, reclama que a morte tenha acontecido “no meio do carnaval” e Deltan Dallagnol sugere que deveria acontecer como no dia do enterro do irmão de Lula: “Tem que fazer igual o Toffoli deu”, afirmou.
Assim, mesmo que indiretamente, a procuradora admite a veracidade das mensagens divulgadas, o que nenhum dos citados nas reportagens do The Intercept havia feito. Pessoas como o ex-juiz e hoje ministro da Justiça, Sergio Moro, e o procurador Deltan Dallagnol, sempre negaram e se disseram vítimas de ataques hacker.