Produção de arroz em Goiás cresce 17,7%

A produção de arroz em Goiás deve ter um aumento de 17,7% em relação a 2023, conforme aponta a estimativa de julho do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (13/8). O crescimento é superior ao observado no território nacional (1,9%).

A publicação indica ainda que o estado deve se consolidar como o terceiro maior produtor de feijão do país, com 11,1% de participação na produção nacional. Na projeção da safra de cereais, leguminosas e oleaginosas como um todo, a produção goiana deve ultrapassar 31,4 milhões de toneladas, colocando o estado no quarto lugar do ranking nacional, com 10,5% do total produzido no país.

Em relação à safra de 2023, a produção estadual deve ter uma queda de 4,5%, ocasionada principalmente pelos problemas climáticos. A diminuição, no entanto, ainda fica abaixo da observada em nível nacional (-5,5%).

Avaliando os resultados, o titular da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Pedro Leonardo Rezende, destaca a importância dos investimentos em infraestrutura, tecnologia e assistência técnica voltados para o fortalecimento do agronegócio no estado.

“Goiás está enfrentando as consequências dos desafios climáticos de 2023 e 2024, com a produtividade afetada pela falta de chuvas e pelas altas temperaturas, mas graças à resiliência e à capacidade de adaptação do nosso setor produtivo, conseguimos garantir resultados acima da média nacional”, afirma.

Já entre as grandes regiões, o Centro-Oeste é responsável por quase metade do volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas no país, com 144,5 milhões de toneladas (48,5%).

Sobre o LSPA

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é uma pesquisa mensal realizada pelo IBGE que tem como objetivo acompanhar o desempenho das principais culturas agrícolas do país, fornecendo informações estratégicas para o planejamento e tomada de decisões do setor produtivo e do governo. O levantamento abrange as áreas de produção, rendimento médio e produção total das culturas.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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