Produtora de filmes adultos tem sistema de pagamento bloqueado

Produtora de filmes adultos tem sistema de pagamento bloqueados e fica sem R$ 350 mil

Considerada uma das maiores produtoras de filmes pornô do Brasil, a Brasileirinhas está com 100% do seu faturamento no seu serviço de streaming bloqueado. Segundo o CEO da produtora, Clayton Nunes, o PagSeguro, responsável pelo intermédio dos pagamentos dos assinantes, estaria bloqueando R$ 350 mil. Empresa alega ”problema no sistema”. 

”São eles que fazem a cobrança dos meus clientes que, aliás, também descobri que não o são mais. Eles falaram que não vão me passar os números dos cartões de crédito para que eu os cadastre em outro lugar. Ou seja, perdi toda a minha base de assinantes. Desde o dia 11 de novembro que eu não consigo sacar nenhum real das minhas contas” contou Nunes, ao jornal Extra.

O CEO afirmou que, devido ao bloqueio, a produtora está sem dinheiro no caixa e não conseguem pagar os devidos impostos, já acumulando multas. Eles estão limitados a pagar os 20 funcionários. 

Alguns clientes chegaram a entrar em contato com a produtora para relatar falhas no processo de pagamento da mensalidade do serviço de streaming. As assinaturas não foram renovadas automaticamente e a orientação da Brasileirinhas era que eles deveriam efetuar uma nova assinatura no site. 

Perguntando a respeito de uma possível reparação, Nunes adiantou que, caso não consiga receber o dinheiro, entrará com uma ação na Justiça nos próximos dias. 

A produtora de filmes para adultos tem um enorme portfólio e já contou com nomes famosos, como Kid Bengala, Alexandre Frota, Rita Cadillac e Gretchen

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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