Professor de inglês é agredido por aluno ao questionar saída antecipada: caso choca colégio estadual de Maringá

professor-de-ingles-e-agredido-por-aluno-ao-questionar-saida-antecipada3A-caso-choca-colegio-estadual-de-maringa

Professor é agredido por aluno ao questioná-lo por tentar sair mais cedo de aula em colégio estadual de Maringá

Caso aconteceu em uma turma do 9º ano e envolveu um adolescente de 16 anos. Docente disse que levou um soco no nariz e foi derrubado pelo adolescente.

Agressão aconteceu dentro de um colégio estadual do Paraná. — Foto: Reprodução/RPC

Um professor de inglês foi agredido por um aluno após questioná-lo por tentar sair mais cedo da aula. O caso aconteceu em uma turma do 9º ano de um colégio estadual de Maringá e a agressão foi cometida por um adolescente de 16 anos.

A agressão foi registrada na semana passada, mas foi divulgada nesta quarta-feira (4).

Após a agressão, o professor foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao hospital. À RPC, o docente disse que levou um soco no nariz e foi derrubado pelo adolescente.

> “Questionei o porquê dele pegar a mochila e se encaminhar à porta na intenção de sair mais cedo por decisão própria. Salientei que há regras na escola. Enquanto conversava, ele deu um murro em meu nariz e me derrubou com um chute na perna. Antes da conversa ele já tinha mostrado o dedo do meio”, contou o professor.

O DE optou por não divulgar a identidade do professor, para preservar a segurança da vítima. Por se tratar de um menor de idade, o nome do agressor também não foi divulgado.

Uma semana após as agressões, o docente ainda não retornou às aulas e está afastado por um atestado médico.

O caso está sendo investigado pela Delegacia do Adolescente de Maringá. Conforme a Polícia Civil (PC-PR), o professor passou por exame de corpo de delito e testemunhas serão ouvidas na próxima semana.

O QUE DIZ A SEED

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação do Paraná (Seed) disse que e o Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC) adotou as medidas cabíveis para a restauração da segurança do ambiente escolar.

Disse ainda que a equipe pedagógica atendeu os envolvidos e a mãe do estudante foi acionada. Ela participou de uma reunião com a direção escolar e o aluno foi orientado sobre sua conduta.

O caso ainda foi registrado em ata oficial e encaminhado ao Núcleo Regional de Educação (NRE) de Maringá.

> “A direção escolar, o NRE Maringá e a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) lamentam o ocorrido e desejam pronta recuperação ao professor, bem como repudiam toda e qualquer forma de violência em ambiente escolar. A Seed-PR reforça que atua de forma contínua para o combate à violência nas escolas estaduais do Paraná, enquanto avalia a adoção de novas medidas cabíveis para a garantia de um ambiente pedagógico seguro e acolhedor a toda a comunidade escolar”, informou a nota.

SINDICATO DA CATEGORIA TAMBÉM DE MANIFESTOU SOBRE A AGRESSÃO

O Sindicato dos Professores e Funcionários de Escola do Paraná (APP-Sindicato), por meio do Núcleo Sindical de Maringá, também se manifestou dizendo que repudia o “gravíssimo episódio de violência”. O sindicato informou que, por conta da agressão, o educador sofreu uma crise nervosa, que não é “apenas da violência física, mas também do acúmulo de pressões e assédios que os(as) profissionais da educação do Paraná vêm enfrentando diariamente”.

O APP-Sindicato contou ainda que este não é um caso isolado e disse que também cobrou por medidas concretas para garantir a segurança de professores, funcionários e estudantes.

> “A APP-Sindicato continuará cobrando, publicamente e formalmente, respostas e ações efetivas. Não é mais possível trabalhar em um ambiente adoecedor, marcado pela violência, pelo medo, pela ausência de apoio institucional e pelas cobranças incessantes. Essa realidade tem levado ao sofrimento psíquico e físico dos(as) educadores(as), que há anos denunciam o abandono sistemático das nossas escolas. A escola deve ser um espaço de formação, respeito e acolhimento — e não um cenário de violência, assédio e negligência”, informou o sindicato.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp