Menino de 13 anos era dopado por professor de jiu-jitsu e denunciou abusos após revelações de outros atletas mais velhos. Segundo a polícia, pelo menos 12 vítimas já foram identificadas, e outras seis ainda aguardam para prestar depoimento. Alcenor Alves deverá ser ouvido na Depca nesta semana, conforme informou a Polícia Civil.
Um menino de 13 anos denunciou ser vítima de abusos sexuais cometidos pelo professor de jiu-jitsu Alcenor Alves Soeiro, de 56 anos, preso suspeito de estuprar e explorar sexualmente seus alunos. De acordo com a polícia, o adolescente é uma das vítimas mais recentes do treinador e confirmou ter sido dopado por ele. O jovem decidiu denunciar os abusos após outros atletas mais velhos compartilharem relatos semelhantes.
O professor foi preso em Balneário Camboriú, Santa Catarina, enquanto participava de uma competição com crianças e adolescentes. Ele chegou a Manaus na madrugada de sábado (30). Segundo a polícia, pelo menos 12 vítimas já foram identificadas, e outras seis aguardam para prestar depoimento.
Os abusos deixaram traumas no adolescente, que resolveu contar tudo para os pais depois que Lucas Carvalho e mais três atletas, todos maiores de idade e vencedores de títulos mundiais, prestaram depoimento à polícia e revelaram os abusos sofridos.
A mãe do menino vai continuar apoiando o filho no sonho de ser campeão mundial de jiu-jitsu e disse ter orgulho pela coragem dele de denunciar os abusos sofridos. Alcenor Alves está com prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça. Ele será ouvido esta semana e indiciado por pelo menos 15 crimes de estupro de vulnerável. Na sequência, a delegada Juliana Tuma vai pedir a prisão preventiva do treinador, ou seja, para que ele fique preso até o julgamento.
O caso envolvendo o treinador de jiu-jitsu Alcenor Alves chocou a comunidade esportiva. O mandado de prisão temporária foi expedido pela Justiça do Amazonas e cumprido em Santa Catarina. Conforme informações que embasaram o pedido de prisão, o homem se aproveitava de sua posição como professor para cometer os abusos desde 2014, com possibilidade de crimes ainda em andamento. A defesa do suspeito informou que o caso corre em segredo de Justiça e aguarda ter acesso às provas apresentadas. O acusado foi transferido para Manaus para responder às acusações perante a Justiça.
Este é um caso grave que expõe a vulnerabilidade de crianças e adolescentes diante de possíveis abusos. A coragem do menino em denunciar os crimes cometidos por seu treinador é louvável e mostra a importância de que mais vítimas se sintam encorajadas a falar sobre seus traumas. Espera-se que a justiça seja feita e que iniciativas de prevenção e combate ao abuso sejam fortalecidas para evitar situações como essas no futuro.