Professor de jiu-jitsu preso por estupro: o que se sabe até agora

O que se sabe e o que falta saber sobre o caso do professor de jiu-jitsu preso
suspeito de estupro

Segundo a polícia, pelo menos 12 vítimas já foram identificadas, e outras seis
aguardam para prestar depoimento. As investigações revelaram que os crimes
ocorreram entre 2011 e 2018.

O treinador de jiu-jitsu Alcenor Alves, de 56 anos, foi preso durante um evento
esportivo em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, no ultimo
sábado
[https://de.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2024/11/23/treinador-jiu-jitsu-preso-pedofilia-evento-esportivo-balneario-camboriu.ghtml](23),
suspeito de estupro de vulnerável e exploração sexual de 12 atletas menores de
idade ao longo de mais de uma década.

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Segundo a PC-AM, o suspeito era diretor técnico em uma escola de alto rendimento
em Manaus [https://de.globo.com/am/amazonas/cidade/manaus/], e viajava com
alunos para competições
[https://de.globo.com/am/amazonas/noticia/2024/11/26/suspeito-de-abusar-de-ao-menos-12-alunos-professor-de-jiu-jitsu-era-diretor-de-alto-rendimento-em-escola-de-manaus-e-viajava-com-atletas.ghtml].
Em seu perfil nas redes sociais, o treinador costumava compartilhar fotos e
vídeos de seus alunos, crianças e adolescentes, durante treinamentos e
competições em outros estados e até no exterior.

O de fez um levantamento do que se sabe e o que falta saber sobre o caso:

Quantas vítimas foram abusadas?
Qual o perfil das vítimas?
Há quanto tempo os abusos ocorrem?
Como os abusos ocorriam?
Suspeito agia sozinho?
O que dizem as entidades do esporte
O que diz a defesa

QUANTAS VÍTIMAS FORAM ABUSADAS?

1 de 1 Os quatro atletas emitiram uma nota conjunta nas redes sociais — Foto:
Divulgação

Os quatro atletas emitiram uma nota conjunta nas redes sociais — Foto:
Divulgação

Segundo a polícia, pelo menos 12 vítimas já foram identificadas, e outras seis
aguardam para prestar depoimento. Na noite desta segunda-feira (25) os atletas
Matheus Gabriel, Ary Farias, Meyram Maquiné e Thalison Vitorino emitiram uma
nota conjunta nas redes sobre a iniciativa de denunciar o professor.

“Como muitas outras vítimas, sentimos vergonha e medo de denunciar. Esse
silêncio nos acompanhou por muito tempo, mas agora, com mais coragem,
decidimos dar uma passo à frente. Acreditamos que é necessário para buscar
justiça e prevenir que outras pessoas passem pelo mesmo”, diz a nota.

QUAL O PERFIL DAS VÍTIMAS?

De acordo com a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente
(DEPCA), o treinador buscava crianças que participavam de projetos sociais de
jiu-jitsu em Manaus. A maior parte das vítimas identificadas até o momento
possuíam vulnerabilidades sociais. Todas são homens.

“As investigações apontam que ele teria abusado de meninos que são campeões
mundiais de jiu-jítsu e os teria explorado sexualmente, oferecendo presentes e
favores, comprando kimono, mediando passagens e estadias para disputa de
campeonatos”, contou a delegada.

HÁ QUANTO TEMPO OS ABUSOS OCORREM

As investigações revelaram que os crimes identificados ocorreram entre 2011 e
2018, mas de acordo com a delegada adjunta da Depca, Deborah Ponce de Leão,
mídias encontradas na residência do professor indicam que podem haver crimes
recentes.

“A gente tem materialidade nesse sentido sim, inclusive eu gostaria de
ressaltar que ele é um individuo que sabe que está errado, mas continua
praticando isso, porque esses vídeos e fotos que temos são recentes. Embora
ele tenha vítimas no passado, ele continua a praticar esses crimes”, disse a
delegada.

COMO OS ABUSOS OCORRIAM?

Segundo a delegada, os abusos sexuais eram praticados durante estadias em outras
cidades para participações em campeonatos interestaduais e na casa do
investigado, onde ele as dopava para consumar os delitos
[https://de.globo.com/am/amazonas/noticia/2024/11/25/vitima-diz-que-professor-de-jiu-jitsu-dava-remedios-para-cometer-abusos-durante-viagens-policia-investiga.ghtml].
Em algumas situações, o indivíduo dava banho nas vítimas, que já eram
adolescentes, e aproveitava a ocasião para tocar em suas partes íntimas.

Um atleta que foi vítima de Alves contou que o treinador o masturbava, o beijava
e praticava sexo oral com ele, enquanto criança. “Eu tinha apenas 10 anos e não
sabia o que estava acontecendo. Eu me tremia de nervoso e no final do dia
chorava perguntando porque aquilo aconteceu comigo”.

“Ele sempre fez isso com crianças que não tinham uma boa condição. Ele
procurava sempre me manipular e falava que me tinha como um filho, me prometia
muitas coisas, mas eu era somente mais uma criança que estava sendo abusada em
sigilo”, concluiu.

Professor de jiu-jitsu é preso por estupro
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‘Não sabia como reagir’, diz vítima de professor de jiu-jitsu preso em SC por
estupro de vulnerável
[https://de.globo.com/am/amazonas/noticia/2024/11/25/nao-sabia-como-reagir-diz-vitima-de-professor-de-jiu-jitsu-preso-em-sc-por-estupro-de-vulneravel.ghtml]

SUSPEITO AGIA SOZINHO?

Até o fechamento desta reportagem, as investigações da Polícia Civil apontam que
Alcenor Alves agia sozinho para cometer os crimes, desde o aliciamento das
vítimas, até as praticas criminosas. A PC não informou se existem outros
suspeitos de participação no caso. O processo corre em segredo de Justiça.

O QUE DIZEM AS ENTIDADES DO ESPORTE?

Federações de jiu-jitsu e uma associação de professores de educação física se
manifestaram em repúdio ao professor
[https://de.globo.com/am/amazonas/noticia/2024/11/25/entidades-se-manifestam-apos-prisao-de-professor-de-jiu-jitsu-suspeito-de-pedofilia.ghtml].
O presidente da Federação de Jiu-jitsu do Amazonas (FJJAM), Elvys Damasceno,
informou que após as denúncias houve uma reunião com a diretoria da federação e
foi decidido pela expulsão do professor da entidade.

“Pedi a cassação da faixa (preta) dele a nível estadual e nacional. Então
afirmamos que a entidade não compactua com qualquer tipo de violência, muito
menos de crianças e jovens”, disse o presidente.

A Federação Amazonense de Jiu-Jitsu Profissional (FAJJPRO) emitiu uma nota nas
redes sociais onde repudiou as graves denúncias e as provas que foram colhidas
contras as crianças e adolescentes da comunidade do jiu-jitsu regional.

“A FAJJPRO não medirá esforços para colaborar com as autoridades e implementar
ações que fortaleçam a proteção e o bem estar de todos os atletas. Esta
federação jamais será conivente com situações que afrontem os princípios de
respeito, ética e segurança”, completou a nota.

Também por meio das redes sociais, a Federação Amazonense de Jiu-Jitsu Esportivo
(FAJJE), emitiu uma nota onde manifesta sua repulsa a qualquer ato criminoso, em
especial aqueles que ferem gravemente os princípios de respeito e proteção aos
vulneráveis.

A FAJJE reafirma que não compactua com qualquer conduta que contraria a lei,
ética e os valores morais que sustentam a prática do jiu-jitsu como ferramenta
de transformação social e promoção a cidadania. Seguiremos trabalhando para
assegurar que a prática do jiu-jitsu continue sendo motivo de orgulho.

A Associação dos Profissionais de Educação Física do Estado do Amazonas
(APEFAM), em nota, repudiou toda e qualquer manifestação de assédio,
importunação e violência contra as pessoas. Na publicação, a associação também
pede que as federações que regulam a modalidade no estado suspendam
imediatamente o treinador.

“Reiteramos ainda a importância de denunciar situações de assédio,
importunação ou violência sofridas em qualquer ambiente, pois é através de
denúncias que se torna possível coibir tais atos”, diz a nota.

Até o fechamento desta reportagem, a Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu
(CBBJJ) e Federação Brasileira de Jiu Jitsu (FBJJ), não haviam se manifestado
sobre a prisão.

O QUE DIZ A DEFESA

A defesa do suspeito afirmou que o processo corre em segredo de Justiça e que
espera tomar conhecimento dos fatos e das provas apresentadas. Disse, também,
que ainda não teve contato com o cliente porque eles está preso em Santa
Catarina.

“A defesa solicita que faça um esclarecimento quando obter o conhecimento dos
fatos e de todas as provas elencadas nos autos”, conclui a nota.

Treinador de jiu-jitsu é preso em Balneário Camboriú
[https://s04.video.glbimg.com/x240/13128695.jpg]

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Redemoinho ‘Demônio da Poeira’ atinge mercado em Chapecó, Santa Catarina

VÍDEO: Redemoinho ‘demônio da poeira’ atinge mercado em Santa Catarina

Um incidente inusitado aconteceu em Chapecó, a maior cidade do Oeste de Santa Catarina, onde um redemoinho de poeira, conhecido como “Demônio da Poeira”, atingiu o telhado de um mercado local, causando danos no estabelecimento. O fato ocorreu na tarde de segunda-feira (23), e felizmente não houve feridos. O fenômeno, que pode ser observado no vídeo acima, deixou evidente a força da natureza e a imprevisibilidade de certos eventos atmosféricos.

De acordo com o meteorologista Piter Scheuer, o “Demônio da Poeira” se formou devido às condições atmosféricas secas da região. Essa explicação científica ajuda a compreender como esses eventos podem acontecer, mesmo que sejam raros. Neste caso específico, o redemoinho acabou causando estragos no telhado do mercado, o que fez com que os responsáveis pelo estabelecimento realizassem reparos no dia seguinte.

A Defesa Civil da cidade de Chapecó ainda não havia sido notificada sobre o incidente, mas prometeu verificar os danos causados pelo redemoinho. Esse tipo de fenômeno natural costuma chamar a atenção das pessoas devido à sua aparência impressionante e à ação devastadora que pode causar em um curto período de tempo. A população da região, mais uma vez, pôde testemunhar a força da natureza em primeira mão.

O meteorologista explicou que as diferenças de pressão e vento nas camadas mais altas da atmosfera podem levar à formação de redemoinhos como esses, principalmente durante determinadas épocas do ano. Esse conhecimento científico ajuda a prever e compreender melhor como esses fenômenos ocorrem, possibilitando a tomada de medidas preventivas no futuro. Os redemoinhos de poeira podem ocorrer em diversas regiões do mundo, não se limitando apenas a Santa Catarina.

É importante ressaltar que em 2022, um incidente semelhante foi registrado na Praia Central de Balneário Camboriú, no Litoral Norte catarinense, onde um banhista foi arrastado pelo vento provocado por um redemoinho de poeira. As imagens desse episódio também chamaram a atenção e reforçaram a necessidade de precaução em situações climáticas adversas. A natureza, com toda a sua imprevisibilidade, nos lembra constantemente do seu poder e influência sobre o meio ambiente.

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