Professor é suspeito de forçar beijo contra aluna em Cidade Ocidental

“Ao entrar, o suspeito fechou a porta e tentou agarrá-la. Depois que fugiu, contou a uma colega, depois a uma professora e, na sequência, ele foi chamado na direção, onde admitiu o fato e afirmou ‘ter perdido a cabeça’. A coordenação liberou o homem para ir embora e mais tarde a família veio à delegacia registrar ocorrência”

Um professor de inglês da rede municipal de ensino de Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal (DF), admitiu, segundo a Polícia Civil (PC), à diretoria da Escola Municipal Nova Friburgo, ter forçado um beijo contra uma aluna de 14 anos na última segunda-feira (17). O caso ocorreu no período matutino, dentro de uma sala de aula. O homem ainda não foi intimado, mas pode responder criminalmente por estupro. A estudante, que conseguiu se desvencilhar do ataque, saiu correndo da sala onde estava sozinha com o educador e revelou a uma colega ter sido vítima de assédio. O momento da fuga foi flagrado por uma câmera do circuito de segurança da unidade.

Ao delegado Daniel Marcelino, a vítima detalhou que o professor, cujo nome não foi revelado, a convocou à referida sala de aula por meio de outra estudante, dizendo que gostaria de ter uma conversa com ela. “Ao entrar, o suspeito fechou a porta e tentou agarrá-la. Depois que fugiu, contou a uma colega, depois a uma professora e, na sequência, ele foi chamado na direção, onde admitiu o fato e afirmou ‘ter perdido a cabeça’. A coordenação liberou o homem para ir embora e mais tarde a família veio à delegacia registrar ocorrência”.

De acordo com as declarações da vítima à PC, o professor já dava sinais de que não conseguiria se conter. “A garota não foi bem precisa, mas disse que ele ficava encostando nela com frequência e também dizia algumas coisas, elementos que entendemos como assédio. Ainda não sabemos se essas atitudes eram tomadas diante de outras pessoas, mas ela só revelou isso agora, diante desse último ocorrido”. Marcelino afirma que testemunhas já foram ouvidas e o inquérito deve ser encerrado ainda nesta semana, com a oitiva do suspeito. “Ele ainda não foi intimado, queríamos ouvir todo mundo para saber o que aconteceu sob o ângulo de todas as testemunhas para depois interrogá-lo com elementos mais sólidos”.

O educador poderá ser indiciado por estupro. “Estamos investigando se ele chegou a tocar no corpo e/ou partes íntimas da estudante, o que pode configurar estupro”. O caso também é acompanhado pelo conselho tutelar da cidade. A redação tentou contato com a conselheira responsável pelo caso, mas as ligações e mensagens não foram respondidas. A Prefeitura de Cidade Ocidental se manifestou em nota, por meio da Secretaria de Educação, Cultura, Esportes e Lazer. Confira a íntegra:

“A Prefeitura Municipal de Cidade Ocidental, através da Secretaria de Educação, Cultura, Esportes e Lazer através da presente manifestação consigna que foi procurada por representantes dessa emissora noticiando fatos envolvendo, supostamente, um servidor e uma aluna integrante da rede de ensino sob sua responsabilidade. Salienta que tal questão está resguardada e amparada pelas disposições contidas no Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei federal nº 8.069/90, que garante a preservação, a proteção e o bem-estar dos menores de 18 anos. Outrossim, apenas assevera que não tratará mais sobre o citado assunto na imprensa, posto que todas as medidas administrativas, e perante o Ministério Público, Polícia Civil e Conselho Tutelar já foram adotadas e empreendidas a contento e atempadamente, bem como todos os esforços necessários à preservação do bem-estar foram adotados e estão em execução medidas concretas”.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp