Professor imobilizou ex-aluno que invadiu escola e matou estudante a tiros no Paraná

Um professor da escola onde ocorreu um ataque no interior do Paraná na manhã desta segunda-feira, 19, foi o responsável por imobilizar o atirador. O profissional havia passado por um treinamento realizado no mês passado logo após a uma série de crimes do gênero em todo o País. Uma aluna foi morta a tiros pelo ex-aluno de 21 anos que entrou no Colégio Estadual Professora Helena Kolody na cidade de Cambé.

Segundo as informações do governo do estado, o responsável pelo atentado entrou no colégio alegando que solicitaria o histórico escolar. Outro aluno foi baleado e está internado no Hospital Universitário de Londrina.

A menina baleada, Karoline Verri Alves, de 16 anos, foi atingida na cabeça e chegou a ser levada para o Hospital Universitário de Londrina, mas não resistiu. De acordo com a família das vítimas, ela e o outro aluno baleado, Luan Augusto, eram namorados. O menino, que também foi baleado na cabeça, está internado em estado grave, conforme o boletim médico da unidade.

jovem adulto estava armado e começou a disparar contra os estudantes da escola aleatoriamente. Para atender a ocorrência, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e os secretários de Segurança Pública e da Educação se deslocaram para o local. O responsável já foi detido e encaminhado para Londrina.

Posicionamentos

O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD), usou as redes sociais para se posicionar sobre o caso, afirmando que a tragédia é um crime bárbaro. Ele afirma que  violência causou indignação e pesar.

“Estamos aguardando a investigação para ver o que ocorreu. O professor que imobilizou esse ex-aluno passou por um treinamento recentemente, e as forças policiais chegaram em apenas três minutos ao colégio depois do acionamento, o que evitou uma tragédia ainda maior”. Ratinho Júnior ainda decretou luto oficial de três dias no Estado.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se posicionou com indignação. “Mais uma jovem vida tirada pelo ódio e a violência que não podemos mais tolerar dentro das nossas escolas e na sociedade”.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, se manifestou durante um evento no Rio de Janeiro. “Quando um jovem perde a vida, na verdade, toda a juventude perdeu um pedaço da sua vida. De modo inaceitável, essa modalidade de violência se implantou no Brasil e serve de reflexão quanto aos traços culturais da violência. Vemos sociedades em que a violência é alvo de apologia e as vítimas aí estão. As estatísticas de ataques a escolas nos EUA mostram que esse não é um exemplo para o nosso País”.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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