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Professor morto a pedradas, em Planaltina, foi vítima de homofobia

Última atualização 24/03/2022 | 10:40

A Polícia Civil (PC) concluiu as investigações sobre o crime contra o professor Denes Marlio Lima Neres, de 26 anos, morto a pedradas, em Planaltina, no Entorno de Brasília. Segundo o delegado Thiago César de Oliveira, o crime foi motivado por homofobia.

Mateus da Silva Castro, de 18 anos, foi preso nesta quarta-feira (23) e confessou ter matado a vítima. De acordo com ele, os dois se conheceram na terça-feira (1). Denes teria informado que acabara de chegar do Piauí. Para “curtir” o carnaval, eles saíram juntos e teriam comprado cocaína e algumas bebidas.

Mateus Silva Castro – autor do crime. / Foto divulgação : PC

“Esse indivíduo conheceu o professor nas ruas de Planaltina, na terça-feira de carnaval, e iniciaram uma pequena relação. O professor disse que queria conhecer a cidade e curtir aquele dia de festa”, contou o delegado.

Horas depois, já em casa, o suspeito conta que Denes tirou a roupa e tentou passar a mão nas partes íntimas dele. Com isso, os dois se desentenderam e Mateus o atingiu com um pedrada na lateral da cabeça. Em seguida, o autor desferiu outros golpes contra a vítima, que já estava desmaiada.

Ocultação

De acordo com o delegado, após matar o professor de inglês, Mateus roubou dois aparelhos celulares da vítima. Deixando o local, o criminoso vendeu os objetos no centro da cidade por R$ 350.

Em seguida, Mateus foi até um prostíbulo, onde encontrou duas mulheres, nas quais, o ajudaram a “se livrar do corpo” e assim driblar a polícia.

“Elas arquitetaram o plano para tentar ocultar o crime… À noite, adquiriram uma quantidade de combustível, foram até a casa que o professor estava, colocou o corpo em um dos carros das garotas de programa e, em seguida, o abandonaram no bairro Paquetá. No local, jogaram gasolina e atearam fogo no corpo da vítima”, relatou o delegado.

Professor morto a pedradas em Planaltina./ Foto divulgação PC

Depois disso, as garotas deixaram o suspeito hospedado na periferia de Planaltina. O corpo do professor foi encontrado no dia seguinte. No entanto, só foi identificado no dia três dias depois.

Local onde o corpo do professor foi encontrado. / Foto divulgação: PC

Mateus que já coleciona mais de 20 passagens pelos mais diversos crimes em Goiás e Distrito Federal, foi indiciado por homicídio qualificado, ocultação / destruição de cadáver, fraude processual e associação criminosa.

Já as garotas de programa serão indiciadas por ocultação / destruição de cadáver, fraude processual e associação criminosa.