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Professor que foi preso por faixa “Fora Bolsonaro Genocida” morre após AVC

Última atualização 30/03/2023 | 17:32

O professor que foi preso por utilizar faixa no capô do carro com a frase ‘Fora Bolsonaro Genocida’ morreu nesta quinta-feira, 30, no Hospital Estadual de Trindade (Hetrin). De acordo com a família, Arquidones Bites Leão, de 60 anos, ficou três dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tentar se recuperar de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Ainda de acordo com a família, o professor passou mal em casa na tarde de terça-feira, 28, e foi levado às pressas para o Hetrin. Um irmão de Arquidones, o servidor público Berilo Leão, disse que ele passou por exames em Goiânia e os laudos apontaram que o quadro era irreversível.

Não foi a primeira vez que Arquidones teve AVC, há alguns anos chegou a ser internado porém logo se recuperou. O professor era ativista na área educacional e cultural em Goiás. Na eleição de 2022, foi candidato a deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e ficou como suplente.

Em nota, a família lamentou a morte e disse que o professor ajudou a construir e fortalecer o PT. Ele foi vereador de Trindade por dois mandatos nos anos de 1989 a 1992 e de 1997 a 2000. Eles ainda informaram que os órgãos dele serão doados, assim como ele desejava.

Relembre o caso

Arquidones Bites, foi preso em 2021, na cidade de Trindade, região metropolitana de Goiânia, ao utilizar uma faixa no capô do carro com a frase: “Fora Bolsonaro Genocida!”. Na abordagem, o militar pede para o processor retirar o adesivo e o professor nega.

A Presidente do diretório estadual do PT em Goiás, Katia Maria, relatou que o docente foi enquadrado na lei de segurança nacional e que foi levado pela Polícia Militar (PM) para a sede da Polícia Federal (PF) na capital.

Ao ser solto, o secretário comemorou utilizando a mesma frase escrita no carro e lembrou da morte do irmão mais novo causada pela Covid-19. “Foi morrer justamente o caçula. Ele saiu da ordem por causa que o presidente da República, esse genocida, não comprou vacina em tempo hábil. Além disso, saiu nas ruas provocando aglomeração. A todo o momento dizia que era simplesmente uma gripezinha”.

De acordo com o advogado responsável pelo caso na época, o secretário teria sido abordado com chutes e imobilizado pelos policiais durante toda a ocasião que resultou na prisão. Arquidones teria sido liberado pelo delegado da PF após ser constatado que não havia ocorrido nenhum crime contra a lei de segurança nacional, sem passar por nenhum outro procedimento ou acusação.

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