“Ônibus quase voou”, diz professora sobre acidente com alunos da UFSM

Denise Estivalete Cunha, que é coordenadora do curso técnico em paisagismo do
Colégio Politécnico da instituição, ainda está internada

Uma das sobreviventes do acidente com um ônibus que transportava estudantes e
professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) na manhã da última
sexta-feira (4), Denise Estivalete Cunha falou sobre os momentos de terror que
viveu durante e depois da ocorrência.

Denise é coordenadora do curso técnico em paisagismo do Colégio Politécnico da
DE e está internada no hospital Bruno Born, em Lajeado (RS).

Ela relembra os momentos que antecederam a tragédia: “[O ônibus] começou a ficar
muito em alta velocidade. Vi os alunos gritando para colocar o cinto e se
segurar”. “Se não estivesse de cinto, nem sei se estaria aqui agora”, relatou.

“O ônibus quase voou por cima das coisas, sem base. Vi o impacto, que não foi de
frente, mas pegou os pneus da frente primeiro no chão.”

Após o impacto, ela se viu em um estado de confusão, com uma lesão no rosto e
muito sangue. “Eu vi meu rosto no retrovisor da van e me apavorei. Mas todo
mundo dizia que estava viva e que não era nada”, contou.

Denise, que é mãe de um menino de 3 anos, confessou que o maior medo era não
sobreviver para reencontrar seu filho. “Eu só pensava em ver meu filho de novo.
Foi muito triste, mas a preocupação com ele foi o que me manteve firme”, disse,
emocionada.

A tragédia deixou a comunidade de Santa Maria em choque, com muitas pessoas
entrando em contato para lamentar o ocorrido. “Foi um momento de pavor. Eu não
sabia a gravidade da situação, e quando soube das mortes, minha ficha ainda não
havia caído”, finalizou.