Professores e técnicos administrativos da rede municipal de Aparecida de Goiânia decidiram entrar em greve nesta terça-feira (29), após a categoria não ter aceitado a proposta apresentada pela prefeitura. Os trabalhadores em educação reivindicam o pagamento do piso salarial nacional dos professores, das progressões e da titularidade dos administrativos. A decisão pela paralisação foi tomada após uma assembleia geral realizada na última quinta-feira (25), na qual a maioria dos profissionais decidiu pela greve devido à ausência de um cronograma claro para o pagamento dos valores retroativos devidos.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, ressaltou que a categoria não deseja a greve, mas busca garantir seus direitos de acordo com a legislação vigente. Segundo ela, as perdas salariais chegam a aproximadamente 23% e há pendências de anos anteriores que ainda não foram quitadas pela prefeitura. Apesar das negociações em curso, a falta de um acordo definitivo levou os profissionais a optarem pela paralisação como forma de pressionar por uma solução.
A Secretaria Municipal de Educação de Aparecida de Goiânia divulgou uma nota afirmando que a prefeitura apresentou uma proposta aos trabalhadores em educação, com a previsão de pagamento do novo valor do piso nacional a partir de maio e a busca por uma forma de viabilizar o pagamento do retroativo referente aos primeiros quatro meses do ano. No entanto, a proposta não foi aceita pela categoria, que reivindica um cronograma detalhado para a regularização dos pagamentos em atraso.
Em uma nova rodada de negociações realizada na segunda-feira (28), o Sintego apresentou uma contraproposta à prefeitura, propondo o início do pagamento do piso e da data base em maio, além do pagamento de um terço de férias em junho para os professores que irão tirar férias em julho. A sugestão inclui um calendário de pagamentos para as diferenças salariais acumuladas nos meses anteriores, visando a regularização imediata dos valores devidos aos profissionais da educação.
Diante da situação de crise financeira herdada pela atual gestão da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, que assumiu o município em janeiro de 2025 com dívidas significativas, a administração destacou os esforços para manter os salários dos servidores rigorosamente em dia e quitar débitos deixados pela gestão anterior. O diálogo com a categoria é mantido de forma transparente, visando encontrar soluções que respeitem os limites orçamentários do município e garantam os direitos dos profissionais da educação.