Profissionais da saúde mortos em acidente na BR-174: Médico e técnica de enfermagem falecem em tragédia no Amazonas

Quem são os profissionais da saúde mortos em acidente com ambulância na BR-174

Vítimas foram identificadas como o médico Edson Marley Lopes e a técnica de enfermagem Cleonice da Conceição Ferreira. O acidente ocorreu na manhã desta quarta-feira (8), no interior do Amazonas.

Edson Marley Lopes e Cleonice da Conceição Ferreira morreram no local do acidente. — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

O médico Edson Marley Lopes e a técnica em enfermagem Cleonice da Conceição Ferreira foram identificados como as duas vítimas do acidente envolvendo uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ocorrido nesta quarta-feira (8), na rodovia BR-174, que liga o Amazonas a Roraima.

À DE, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que, durante uma forte chuva, o condutor da ambulância perdeu o controle do veículo, saiu da pista e caiu em uma área de mata. Outras duas pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para o Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto, em Manaus. Edson e Cleonice morreram no local do acidente.

Os dois profissionais eram servidores no Hospital Eraldo Neves Falcão, localizado no município de Presidente Figueiredo. O médico era clínico geral e a técnica realizava atendimentos primários nos pacientes.

Ao DE, uma enfermeira que trabalhava com as vítimas e preferiu não se identificar, lamentou as mortes e destacou que o acidente deixou a equipe desolada.

> “Assim como foram esses colegas, poderia ser a equipe do Samu. O dr. Edson era bastante conhecido e isso gera uma aflição para todos”, relatou a enfermeira.

Edson Marley nasceu em Cuba e se formou pela Escuela Latinoamericana de Medicina no ano de 2007. Em 2013, através do Programa Mais Médicos, o profissional conseguiu a autorização para atuar no Brasil, vindo para o Amazonas.

Ao DE, colegas do profissional de saúde revelaram que ele era conhecido pelo comprometimento com os pacientes.

Uma das pessoas já atendidas por Edson, a empreendedora Priscila Ila relembrou a relação de confiança que mantinha com o médico.

> “O dr. Edson era muito competente, atencioso e, sobretudo, humano e empático. Ele era o médico a quem eu mais confiava e me passou segurança” disse.

Cleonice da Conceição Ferreira tinha 45 anos e se formou em um centro de educação técnico em Manaus, em 2019. A profissional começou a atuar no hospital de Presidente Figueiredo em 2020, durante a pandemia da Covid-19.

Na unidade hospitalar ela era responsável pela assistência primária dos pacientes, além de realizar as medicações que eram receitadas nos tratamentos.

Uma amiga, que não quis se identificar, destacou que a além de uma profissional muito competente, Cleonice era uma pessoa alegre e que, por onde passava, contagiava o ambiente de forma positiva.

> “Era uma profissional maravilhosa, extremamente esforçada, estudiosa, desenrolada, dedicada e corria atrás mesmo. Atendia maravilhosamente bem, com ela não tinha tempo ruim” relembrou.

O acidente ocorreu na altura do quilômetro 924 da rodovia BR-174 durante a madrugada. A equipe médica se deslocava de Presidente Figueiredo para Manaus. Não havia paciente na ambulância no momento do acidente.

O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) esteve no local para prestar os primeiros socorros e retirar os corpos das vítimas, encontrados presos nas ferragens.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Investigação aponta intoxicação alimentar em morte de cavalos no Amazonas: 22 equinos já foram vítimas, suspeitas de feno contaminado.

Ao menos 22 cavalos perderam a vida no Amazonas desde 1º de janeiro, apresentando sintomas semelhantes que levantaram suspeitas de intoxicação alimentar por feno contaminado. A investigação teve início após a morte de dez cavalos na capital entre sábado (4) e segunda-feira (9). A mãe do dono dos animais relatou as mortes atribuídas à intoxicação em um haras em Manaus.

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) confirmou o ocorrido na manhã de quinta-feira (9), apontando para a possível causa das mortes como sendo a intoxicação alimentar. Os casos foram registrados no Haras da Nilton Lins e em uma chácara no bairro Tarumã, ambas em Manaus, além de duas mortes em Presidente Figueiredo. Outros cavalos doentes também foram reportados, mas sem divulgação da quantidade.

Guilherme Torres, delegado adjunto da PC-AM, destacou a possibilidade de intoxicação decorrente do fornecimento de alimentação por uma empresa não identificada. A investigação envolveu a verificação das condições de produção, armazenamento e distribuição do feno, além da realização de necropsias nos animais e análise do alimento suspeito em busca de substâncias tóxicas.

As ações em curso incluem a realização de perícia nos locais das mortes, a notificação e oitiva dos proprietários dos animais e demais responsáveis pelos haras, além da análise minuciosa dos pontos de fornecimento da alimentação. A Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo e a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas seguem no esforço conjunto de investigação.

Donos de cavalos do Haras da Nilton Lins foram impactados pelas mortes e doenças dos animais, com casos de rápido emagrecimento e falta de apetite. Medidas de tratamento com soro foram adotadas, mas a morte de mais seis equinos foi registrada até terça-feira (7). A Universidade Nilton Lins, responsável pelo haras, afirmou agir rapidamente ao identificar os sintomas nos animais, visando proteger o restante e controlar a situação.

Os relatos de enterros irregulares dos cavalos mortos no terreno do Haras Nilton Lins causaram revolta entre os donos, que denunciaram a falta de critérios sanitários. Imagens mostram os animais sendo deixados em covas no local. As investigações seguem para esclarecer os fatos e responsabilidades diante da trágica situação envolvendo a morte de cavalos em Manaus.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp