Programa de Educação Profissional e Tecnológica do Governo de Goiás amplia acesso a profissões

A Rede Estadual de Educação tem, no ano de 2024, uma nova proposta de Educação Profissional e Tecnológica focada em uma profissão que vai estar em alta nos próximos anos. É o programa Jornada para o Futuro, desenvolvido pelas Secretarias de Estado da Educação (Seduc) e de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e que oferta o curso de “Desenvolvimento web e Cibersegurança” aos estudantes do Ensino Médio em Tempo Integral.

O estudo “O Brasil do Futuro: Rumo à Produtividade, Inclusão e Sustentabilidade”, divulgado pelo Banco Mundial em 2023, apresenta o desenvolvimento web como uma das profissões do futuro. Além disso, dados do LinkedIn (rede social voltada para o mundo profissional) demonstram que o desenvolvimento web, o marketing digital e a publicidade estão entre as qualificações mais solicitadas por empregadores.

Isso indica que, com a nova proposta do Governo Estadual, os jovens conquistarão uma qualificação alinhada com o mercado e que facilitará a inserção no mundo do trabalho no futuro.

Jornada para o Futuro

Lançado em novembro, o Jornada para o Futuro foi implementado de forma piloto em 14 Centros de Ensino em Período Integral (CEPIs) no ano letivo de 2024, em conjunto com as Escolas do Futuro de Goiás (EFGs). “Nosso estado se preparou para este momento. O governador Ronaldo Caiado exige de seus colaboradores a excelência e temos escolas em perfeitas condições. E também as Escolas do Futuro, que têm quase R$ 10 milhões em equipamentos de alta qualidade, cada uma. Então, apostamos na tecnologia para qualificar nossos jovens e prepará-los para o futuro”, afirmou o vice-governador Daniel Vilela à época do lançamento.

Com a nova grade curricular, os alunos das unidades onde o projeto-piloto foi implantado já sairão com o diploma de curso ao concluírem o Ensino Médio. “Pesquisas mostram que profissionais que cursaram o ensino médio técnico têm, em média, salários quase um terço maiores do que aqueles que possuem apenas o ensino médio tradicional. Então, acreditamos no ensino técnico, que é algo muito forte em países mais desenvolvidos, pois queremos um futuro melhor para nossos estudantes”, ressalta o titular da Secti, José Frederico Lyra Netto.

Já a secretária de Educação, Fátima Gavioli, destaca a importância do programa para o Ensino Médio em Tempo Integral: “Através desse programa, surge uma oportunidade muito forte para a educação integral. A Secti vai para dentro do colégio de tempo integral levar formação, informação, capacitação, preparo. E muitos alunos também irão para as Escolas do Futuro”.

A proposta começou a ser implementada a partir do mês de janeiro, nos 14 Centros de Ensino em Período Integral (Cepis):

• Cepi Divino Pai Eterno, em Trindade.
• Cepi Dom Veloso, em Itumbiara.
• Cepi Presidente Castelo Branco, em Bonfinópolis.
• Cepi Professor Joaquim Carvalho Ferreira, em Goiânia.
• Cepi Deputado José de Assis, em Goiânia.
• Cepi Professor José Pascoal, em Silvânia.
• Cepi Pedro Vieira Januário, em Bela Vista de Goiás.
• Cepi Raimundo Santana Amaral, em Rubiataba.
• Cepi Barão do Rio Branco, em Palmeiras.
• Cepi José de Assis, em Santo Antônio do Descoberto.
• Cepi Dom Eric James Deitchman, em Mineiros.
• Cepi Buriti Sereno Garden, em Aparecida de Goiânia.
• Cepi Jayme Câmara, em Goiânia.
• Cepi Marajó, em Valparaíso de Goiás.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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