Programa de reinserção social forma jovens em Senador Canedo

Em Senador Canedo, o programa é uma parceria entre a Prefeitura Municipal

Alunos  do Programa Jovem Sustentável Aprendiz, se formaram na 3º turma, em Senador Canedo, nesta terça-feira (10).  A cerimônia foi realizada na Biblioteca Municipal Arlete Tenório de Castro. O projeto, que tem como objetivo a redução da violência a partir da ressocialização e inclusão profissional de jovens em cumprimento de medida socioeducativa, trabalha para promover a transformação de valores destes adolescentes, além de resgatar a cidadania e possibilitar a inclusão no mercado de trabalho.

O curso é um desdobramento do Programa Jovem Sustentável, metodologia da Fundação Alphaville que promove o fortalecimento de jovens em situação de vulnerabilidade social. “Dos 15 jovens que iniciaram nessa turma, 12 decidiram dar continuidade e tiveram a oportunidade de desenvolver o autoconhecimento, idealizar novos sonhos e estão prontos para serem reinseridos na sociedade com novos valores”, explica a coordenadora de Projetos Sociais da Fundação Alphaville, Graça Rodrigues. O programa, preza pela formação e acompanhamento de cada um dos adolescentes do projeto, e resulta na queda do índice de reincidência dos participantes de 88% para 16%, se comparado a formações tradicionais.

Durante a formação, os jovens participaram de 172 horas de atividades de contra turno escolar, aprenderam em módulos como o de Programação Neurolinguística (PNL), Sustentabilidade Integral (com atividades de permacultura, economia, empreendedorismo e qualidade de vida) e Cidadania Digital.

Em Senador Canedo, o programa é uma parceria entre a Prefeitura Municipal, o Poder Judiciário, a Fundação Alphaville e o Ministério Público do Estado de Goiás, e tem como premissa fortalecer o caráter formativo das medidas socioeducativas, transformando a experiência dos adolescentes em aprendizado e possibilitando seu ingresso no mercado de trabalho.

Sobre a Fundação Alphaville

A Fundação Alphaville é uma organização sem fins lucrativos, caracterizada como OSCIP. A organização atua com metodologia própria, chamada Convivência que Constrói, para promover a autonomia, a cooperação e a liderança participativa nos grupos com os quais atua. Já desenvolveu projetos com comunidades socialmente vulneráveis, empresas, poder público e associações de moradores. Em 18 anos de atuação, o portfólio da Fundação Alphaville já conta com mais de 210 projetos realizados e mais de 400 mil pessoas envolvidas diretamente em todo o território nacional.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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