Claudio Castro mencionou que a dívida do Rio de Janeiro com a União poderá ser quitada em um prazo de 30 anos, após a aprovação de um novo programa de renegociação estadual. Antes disso, a dívida era considerada impagável, pois cada pagamento realizado apenas aumentava o montante devido. Com as novas regras, os juros aplicados são menores do que a capacidade de arrecadação, o que possibilita a redução efetiva da dívida. O governador acredita que, em algum momento, a dívida será zerada.
Para atingir esse objetivo, Castro encaminhou à Assembleia Legislativa uma proposta de lei orçamentária que prevê um déficit inicial de R$ 14 bilhões. Contudo, com a implementação do novo programa, a expectativa é que esse déficit seja reduzido para R$ 4 bilhões, e até mesmo chegar a zero até o final do ano. Essa perspectiva é vista como uma grande oportunidade para o Rio de Janeiro reequilibrar suas finanças.
O governador ressaltou que o Estado assumiu dívidas que não poderia honrar, incluindo aquelas relacionadas aos Jogos Olímpicos de 2016. A renegociação desses débitos permitirá que o Rio de Janeiro se enquadre nas novas regras do programa de renegociação, ou até mesmo utilize o fundo criado para quitar compromissos semelhantes. Essas mudanças são fundamentais para garantir a estabilidade econômica e financeira do Estado.
O projeto aprovado no Senado, de autoria do presidente Rodrigo Pacheco, possibilita a redução dos juros e o alongamento do prazo de pagamento das dívidas estaduais com a União. Governadores como Claudio Castro e Romeu Zema acompanharam de perto a votação, considerando a importância dessas mudanças para Estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo. Juntos, esses estados respondem pela maior parte das dívidas com o governo federal.
A nova proposta permite que os estados parcelarem suas dívidas em até 30 anos, além de oferecer alternativas como a transferência de bens e investimentos em setores essenciais. Para aderir ao programa, os estados também terão que contribuir financeiramente com um fundo solidário que beneficiará todas as unidades da federação. Essas medidas, somadas à redução dos juros adicionais, têm o potencial de promover uma reestruturação positiva nas finanças estaduais.