Programa para jovens cientistas no Rio oferece bolsas de R$ 800 e abre novas vagas; veja como se inscrever
Estudantes selecionados vão receber auxílio financeiro por seis meses, durante a participação no projeto. Universitários maiores de 18 anos, de instituições públicas e privadas, podem fazer a seleção.
Em programa que incentiva a pesquisa científica, jovens universitários cariocas fazem projetos de impacto social para a cidade do Rio — Foto: Reprodução/TV DE
A segunda edição do programa Jovens Cientistas Cariocas está com inscrições abertas até o dia 24 de março. A iniciativa é voltada a alunos de universidades públicas e privadas do Rio de Janeiro, com o objetivo de desenvolver projetos que contribuam para a solução de problemas da cidade.
O programa oferece 100 vagas para os estudantes — 91 para os iniciantes e 9 para os monitores. As vagas são exclusivas para alunos que participaram da primeira edição. Clique para mais detalhes.
O Jovens Cientistas Cariocas é uma iniciativa que conecta educação, ciência e criatividade, e busca formar uma nova geração de agentes de transformação.
O projeto é idealizado pela Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia, em parceria com o Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (Cieds).
A formação acontece entre maio e novembro de 2025 nas Naves do Conhecimento de Campo Grande, do Engenhão, Irajá, Madureira, Nova Brasília, Padre Miguel, Pavuna, Penha, Realengo, Santa Cruz, Vila Aliança e Triagem.
Para ajudar nos custos da pesquisa e incentivar os estudantes, os candidatos selecionados recebem um auxílio financeiro de R$ 800 durante os seis meses de formação. O programa é organizado em quatro ciclos: básico, temático, de prototipação e de experimentação.
OS FUTUROS CIENTISTAS
O Globo Comunidade foi até uma Nave do Conhecimento, na Zona Norte, para apresentar o programa que está selecionando futuros cientistas nas universidades cariocas. Basta ter uma ideia criativa, e muita vontade de mudar o Rio de Janeiro para melhor para participar do projeto.
“A gente tem essa ideia de que cientista é uma coisa muito distante, que são gênios. E nesse programa a gente quer mostrar que não, que cientista pode ser uma coisa muito concreta”, disse Tatiana Roque, secretária municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação.
“Então eles vão aproveitar esse conhecimento desde a graduação, em todas as áreas do conhecimento. E assim eles podem se enxergar como cientistas, em formação, mas já como cientistas tendo um trabalho prático”, acrescentou.
Desde a primeira edição, 100 estudantes universitários são selecionados para tirarem suas ideias do papel e colocarem em prática.
“Eles identificam os problemas da sua comunidade e transformam esses problemas em soluções que vão melhorar a vida dos cariocas”, disse Alice Gallez, coordenadora de projetos sociais do Cieds.
TELHADOS VERDES REDUZEM CALOR
Maria Fernanda Veiga, estudante de direito da UFRJ, instalou telhados verdes nas casas de sua comunidade para reduzir o calorão.
Estudante universitária desenvolve projeto de telhado verde em comunidade do Rio para amenizar impactos das altas temperaturas — Foto: Reprodução TV Globo
Segundo ela, já na primeira experimentação foi possível perceber diferenças.
“Na primeira aplicação que a gente fez, que foi o protótipo inicial, ele teve uma diferença de 10°C do telhado que recebeu a cobertura vegetal, do telhado que não recebeu a cobertura vegetal”, disse a jovem.
“Então, foi muito interessante porque a gente pôde perguntar para as pessoas que receberam o impacto que isso teve e todos falaram que realmente sentiram a diminuição da temperatura dentro de casa”.
Francisco Rikelmo, estudante de Ciências Biológicas da UERJ, desenvolveu jogo didático sobre prevenção à dengue — Foto: Reprodução TV Globo
Com um projeto de combate à dengue, Francisco Rikelmo, estudante de ciências biológicas da Uerj, criou um jogo didático, o “Aedes Aegypti, conhecendo na Nave para combater na cidade”. O jogo foi criado com fundamento científico.
“A gente trabalha com divulgação científica. O que é que seria isso? Trabalhar o que a gente estuda, o que a gente divulga, dentro do laboratório, e tornar acessível para a população. Eu tentei fazer isso de uma forma mais lúdica, mais didática, para tentar atrair a população como um todo, das crianças até os adultos”, explicou Francisco.
Entre os projetos dos estudantes da primeira edição, estão iniciativas de moda circular, telhados verdes em comunidades, ensino de libras por meio da música, gestão de resíduos e até um podcast de divulgação científica.
Para esses jovens, um dos principais objetivos é divulgar a ciência de uma maneira simples e acessível, para que ela não se distancie da realidade deles.
É compreender que a ciência vai além dos laboratórios, e que a pesquisa e o ensino científico podem fazer parte do cotidiano de todos.
Critérios de participação do Jovens Cientistas Cariocas:
* Ser estudante universitário matriculado em uma Instituição de Ensino Superior (IES);
* Ter mais de 18 anos (sem idade máxima);
* Não ter emprego formal ativo;
* Morar no Rio, preferencialmente perto de uma das 12 Naves do Conhecimento.
Para ser monitor, é obrigatório ter concluído todas as etapas da edição 2024 e realizar a monitoria na mesma Nave do Conhecimento onde participou no ano anterior.
Para mais informações, consulte o site oficial do programa.