Proibição de celulares nas escolas do DF gera debates e novas diretrizes

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Alunos do Distrito Federal iniciam o ano letivo com a proibição do uso de celulares, uma medida que tem gerado discussões entre os envolvidos no processo educacional. O Sindicato das Escolas e a Secretaria de Educação afirmam que estão aguardando diretrizes do Ministério da Educação para orientar a implementação dessa nova regra. Por outro lado, o sindicato dos professores ressalta que não cabe aos docentes a responsabilidade de fiscalizar o uso dos aparelhos.

Em uma escola privada em Taguatinga, no Distrito Federal, foram instalados bolsões na parede para que os alunos possam depositar seus celulares durante o horário das aulas. A retirada dos aparelhos só é permitida no final da aula, no entanto, aqueles que preferirem podem guardar o celular desligado dentro da mochila. Essa iniciativa visa promover um ambiente mais focado e livre de distrações tecnológicas durante as atividades escolares.

Nesta semana, mais de 180 mil alunos de 620 escolas particulares de Brasília retornam às aulas. O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe) destacou que ainda não possui uma definição clara sobre como o controle dos celulares será realizado, aguardando as orientações para então traçar as ações necessárias. A presidente do Sinepe, Ana Elisa Dumont, ressalta a importância de debater orientações a respeito do uso da tecnologia no ambiente escolar.

Na rede pública do DF, o ano letivo tem início marcado para 10 de fevereiro. A Secretaria de Educação informou ao G1 que também está aguardando as diretrizes do Ministério da Educação para implementar a proibição do uso de celulares durante as atividades escolares. Por outro lado, o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) destaca que a responsabilidade pela fiscalização não deve recair sobre os docentes, mas sim sobre a Secretaria de Educação.

Uma nova diretriz nacional foi publicada, proibindo o uso de celulares durante as aulas, recreios, intervalos e atividades extracurriculares. No Distrito Federal, uma lei distrital de 2008 já estabelecia a proibição do uso de celulares e outros aparelhos eletrônicos em escolas públicas e privadas da Educação Básica. No entanto, essa norma não incluía restrições para os intervalos ou recreio.

A lei nacional que proíbe os celulares nas escolas foi sancionada recentemente e abrange todas as etapas da educação básica, incluindo a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. O uso de celulares durante as aulas, recreios, intervalos e atividades extracurriculares está proibido, e cabe ao Ministério da Educação regulamentar essa nova regra. Os celulares ainda podem ser utilizados em atividades pedagógicas, situações de emergência e por alunos que necessitam de recursos especiais.

Essa decisão tem gerado debates acalorados entre os pais, professores e gestores educacionais, que buscam compreender os impactos e as necessidades relacionadas à proibição do uso de celulares nas escolas. A implementação e fiscalização dessa nova regra serão fundamentais para promover um ambiente escolar mais produtivo e focado no aprendizado dos alunos. Nesse sentido, é essencial o diálogo e a colaboração de todos os envolvidos para garantir o cumprimento e eficácia dessa medida.

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