Projeção de delegados: Kamala e Trump empatados a 2 dias das eleições

2 dias da eleição presidencial nos Estados Unidos, o ex-presidente Donald Trump (Partido Republicano) e a vice-presidente Kamala Harris (Partido Democrata) encontram-se tecnicamente empatados em 7 swing States, aqueles estados cujos eleitores não têm uma preferência partidária definida e que serão decisivos para o resultado do pleito.
 
Para ser eleito, é necessário obter ao menos 270 delegados dos 538 em disputa. Projeções do site Real Clear Politics indicam que Kamala Harris conta com 211 delegados, enquanto Donald Trump tem 219. Considerando a vantagem numérica pela média das pesquisas nos estados em disputa, Trump venceria em 5 estados e seria eleito com 287 delegados, enquanto Kamala levaria em 2 e somaria 236 delegados.
 
O voto em cada um dos 50 estados define a distribuição de delegados no Colégio Eleitoral, com cada estado tendo um número de delegados proporcional à sua população. Por exemplo, Nova York, tradicionalmente democrata, concede 28 delegados ao vencedor, enquanto o Texas, majoritariamente republicano, concede 40.
 
Nesta reta final, os esforços dos dois candidatos estão concentrados nos swing States. O termo se refere às regiões nas quais os eleitores ora votam nos republicanos, ora nos democratas, sem uma fidelidade partidária clara. Isso difere de estados historicamente alinhados, como a Califórnia, que vota em um democrata desde 1992, ou o Alabama, onde os votos vão para o Partido Republicano há 44 anos.
 
A Pensilvânia é a chave para a vitória, com 19 delegados e uma disputa extremamente acirrada. Trump tem 48,2% das intenções de voto no estado, contra 47,8% de Kamala, deixando-os em uma situação de empate técnico.
 
As propostas de governo dos candidatos também são um ponto de destaque. Trump defende medidas para reduzir a inflação e implementar tarifas para proteger o mercado interno, enquanto Kamala promete construir uma “economia de oportunidades” e manter o apoio financeiro e militar à Ucrânia, algo que Trump disse que encerraria se voltar à Casa Branca.
 
A eleição presidencial nos Estados Unidos será realizada em 5 de novembro, e o presidente eleito tomará posse em 20 de janeiro.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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