Projeto Casa Fora de Casa terá segunda edição no Setor Pedro Ludovico

O projeto Casa Fora de Casa – Táticas Urbanas  lança sua segunda edição que acontecerá entre os dias 2 de março a 5 de maio no setor Pedro Ludovico. Uma iniciativa da arquiteta e urbanista Carol Farias e do comunicólogo português André Gonçalves, fundadores do estúdio Sobreurbana, o casal é o elo entre diferentes profissionais que desejam transformar a cidade através de laboratórios de arquitetura pública, comunicação e da promoção cultural. O projeto tem como objetivo estimular e repensar o envolvimento da comunidade com as áreas urbanas dos seus respectivos bairros. Segundo Carol, a iniciativa tem o intuito de provocar diferentes olhares e vivências nos bairros, fazendo com que a população repense sobre os problemas, estimulando que busquem soluções como pequenos arranjos comunitários ou até transformações físicas.

A escolha pelo setor Pedro Ludovico se deu pelo foco em sua relevância histórica e geográfica na capital e ser o quinto mais populoso da cidade, com 25 mil habitantes. “O Setor Pedro já foi um bairro onde as pessoas usufruíam mais dos seus espaços públicos. Hoje, isso está diminuindo, não só pela má condição das ruas, ausência de calçadas ou calçadas em mau estado, falta de bancos e outras amenidades, mas também pela questão da insegurança, da violência e do trânsito,. Esperamos, ao fim, levar as pessoas a questionar esses problemas e a envolverem-se ativamente na busca de soluções, e assim contribuir para um bairro mais informado, tolerante, crítico e participativo”, explica Carol.

Em 2016 a primeira edição foi realizada no Setor Sul e conseguiu ganhar notoriedade em eventos internacionais, além de ter sido sucesso de público e crítica. São mais de 40 ações programadas na agenda voltados para os adultos e crianças, como oficinas de marcenaria para mobiliário urbano, teatro, circo, fotografia, entre outras para quem  quiser participar. A capital tem o título de cidade verde por ostentar grandes parques e áreas centrais, porém  há ruas e praças de bairros em descaso, com lixo, falta de iluminação pública e insegurança. O Casa Fora de Casa vem com o intuito de mudar essa realidade integrando os moradores aos espaços de convívio e lazer, e assim como na sua primeira edição o resultado final será documentado em um e-book e será disponibilizado para download. Os interessados em acompanhar mais sobre o projeto podem acessar o site: http://casaforade.casa/

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp