Projeto da Fiocruz vai restaurar, no Rio, área da Mata Atlântica

Projeto da Fiocruz vai restaurar, no Rio, área da Mata Atlântica

Maior remanescente de Mata Atlântica no Rio, a floresta urbana Maciço da Pedra Branca foi a área escolhida por projeto coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para restauração. Serão renovados 6,7 hectares, o que equivale a quase seis campos de futebol.

A região escolhida abriga o Campus Fiocruz Mata Atlântica, especificamente na área da Colônia Juliano Moreira, antigo hospital psiquiátrico onde hoje funciona o Museu Bispo do Rosário.

Segundo a Fiocruz Mata Atlântica, o projeto teve início este mês, com prazo para conclusão de cinco anos. O financiamento veio de uma medida compensatória de Termo de Ajuste de Conduta assinado com uma marmoraria que explorava a região, em uma parceria do Ministério Público Estadual com a Fiocruz Mata Atlântica.

Impactos ambientais

Segundo a coordenadora do projeto e doutora em Biologia Vegetal, Andrea Vanini, a medida compensatória é uma penalização que busca reduzir os impactos ambientais negativos.

“Além das ações de plantio e manejo da Mata Atlântica, o projeto ofertará cursos de identificação de espécies nativas, coleta de sementes florestais e produção de mudas para a comunidade do entorno do Parque Estadual da Pedra Branca”, explicou.

Ela destacou, ainda, que, no longo prazo, o objetivo é recuperar a biodiversidade da área. “O projeto de restauração ecológica vai realizar o plantio de espécies nativas, aumentando assim a riqueza de espécies com potencial medicinal, frutíferas e plantas alimentícias não convencionais, além de contribuir para a conectividade de fragmentos florestais e para a conservação de espécies nativas da Mata Atlântica”.

Matrizes florestais

De acordo com a Fiocruz, a meta é ampliar o número de matrizes florestais, ou seja, árvores sadias que irão produzir sementes de boa procedência e qualidade, sem danos e com bom poder de germinação. Elas já vêm sendo identificadas há mais de 10 anos na Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica, visando aumentar a variação genética das mudas produzidas, buscando espécies endêmicas e ameaçadas de extinção.

“Vamos plantar espécies como a Crysophyllum imperiale, conhecida como fruto-do-imperador, chamado assim por ser muito apreciado pelos Imperadores D. Pedro I e D. Pedro II, também conhecido como Guapeva e Marmeleiro-do-Mato, e atualmente na lista de espécies ameaçadas. Também serão plantados: cedro, pau-brasil, jequitibá-açu, ipês e palmito-jussara, entre outras espécies, que são atrativas para a fauna nativa”, disse Vanini.

Para ela, “essas árvores fornecem o alimento que os animais necessitam e que, em contrapartida, dependem deles para dispersar sementes pela floresta e assim conservar a biodiversidade local”.

O monitoramento da fauna nas áreas de floresta já restauradas pela Fiocruz apontou a presença de tamanduás, tapitis, gambás e pacas, animais típicos da fauna nativa da Mata Atlântica do Rio. O coordenador de projetos com levantamento e monitoramento de patógenos em animais silvestres e domésticos na Fiocruz Mata Atlântica, Ricardo Moratelli, reforçou a importância da conservação da biodiversidade para a saúde.

“As florestas abrigam uma grande diversidade de espécies de animais, plantas, fungos e microrganismos. Alguns desses microrganismos podem circular entre animais e humanos, eventualmente, causar doenças em humanos, chamadas zoonoses. No entanto, florestas preservadas, onde populações animais estão em equilíbrio, oferecem menores riscos de transmissão de zoonoses. Entre as principais ações humanas que levam ao aumento da incidência de zoonoses de origem silvestre podemos citar o desmatamento e a fragmentação dos ambientes naturais. Hoje, já sabemos que o desmatamento pode levar ao aumento do risco de transmissão da malária, leishmaniose, doenças de Chagas e febre amarela, para citar apenas alguns exemplos conhecidos”, finalizou.

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Inscrições abertas para Passe Livre Estudantil em Goiás; conheça os prazos e requisitos

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), inicia nesta quinta-feira, 26, o período de cadastro e recadastro do Passe Livre Estudantil (PLE) para estudantes da região Metropolitana de Goiânia e Anápolis. Este programa, integrante do Goiás Social, permite o deslocamento gratuito para os estudantes com cadastro regular, oferecendo até 48 viagens por mês.

O PLE foi criado para reduzir a evasão escolar e garantir a mobilidade dos alunos. O benefício é essencial para facilitar o acesso à educação, promovendo a regularidade escolar e melhorando a qualidade de vida dos estudantes.

Como realizar o cadastro

Para dar início ao processo de cadastro ou recadastro, é necessário acessar o site www.juventude.go.gov.br. Os estudantes devem preencher o formulário e anexar os documentos solicitados, incluindo RG, CPF, comprovante de endereço, comprovante de matrícula em ensino regular e foto 3×4. Após a solicitação ser analisada e aprovada, o cartão do novo beneficiário estará disponível para entrega no Vapt Vupt escolhido pelo usuário, em até 10 dias a contar da data de inscrição. A retirada do cartão deverá ser agendada pelo site: www.vaptvupt.go.gov.br/agendamento.

A cobertura de atendimento abrange várias cidades, incluindo Abadia de Goiás, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Goianápolis, Goiânia, Goianira, Guapó, Hidrolândia, Nerópolis, Nova Veneza, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Terezópolis de Goiás e Trindade.

Cadastro Presencial em Anápolis

Para estudantes de Anápolis, o cadastro deverá ser realizado presencialmente na sala de atendimento do Passe Livre – Urban, localizada na sede da Secretaria Municipal de Integração Social, Cultura e Esportes, na rua General Joaquim Inácio, nº 206. É necessário levar cópias do CPF, RG, comprovante de endereço, comprovante de matrícula e foto 3×4. Após a aprovação da solicitação, o cartão poderá ser retirado no prazo de sete dias, a contar da data do pedido formal, na unidade de referência do terminal urbano de Anápolis, na rua Tonico de Pina, no Setor Central.

Os pedidos de inclusão ou renovação do benefício serão aceitos pelo sistema até o dia 4 de abril de 2025. No caso de alguma irregularidade ou pendência documental, o beneficiário terá até o dia 5 de maio de 2025 para apresentar os documentos solicitados.

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