Projeto da UEG abre oportunidade para mulheres no futsal

Projeto da UEG abre oportunidade para mulheres no futsal

Muitas meninas e mulheres sonham em jogar futebol, mas enfrentam dificuldades de acesso, infraestrutura e estigmas. Para mudar essa realidade, a Unidade Universitária de Goiânia – Eseffego, da Universidade Estadual de Goiás (UEG), desenvolve o projeto de extensão Entrelinhas, oferecendo aulas gratuitas de futsal feminino para a comunidade goianiense. A iniciativa beneficia não apenas as atletas, mas também universitários, que encontram ali uma oportunidade de exercitar a docência.

A coordenadora do Entrelinhas, professora Nívea Menezes, lembra que a ideia inicial era trabalhar apenas com estudantes de Educação Física e da rede pública de ensino, mas o projeto acabou se abrindo à comunidade em geral “para dar acesso à prática do futsal às mulheres em um espaço público e de qualidade, com aulas que independem das experiências delas com a modalidade”. “Nosso projeto não se configura como treinamento ‘ao pé da letra’, pois ensinamos os fundamentos técnicos, táticos e regras da modalidade, sem a preocupação com resultados, mas sim em promover o acesso a estes conhecimentos”, explica ela.

As aulas são ministradas por alunos do curso de Educação Física da Eseffego, sob orientação da coordenadora. No Entrelinhas, eles participam do processo de ensino-aprendizagem, garantindo uma experiência importante para a sua formação profissional. “Penso que a universidade pública, ao garantir projetos dessa natureza, revela uma preocupação relevante com nosso passado recente, pois modalidades como o futsal e outras práticas esportivas que sempre tiveram presença garantida pelo público masculino, agora têm a chance de fomentar o ensino desses esportes para o público feminino”, salienta Nivea Menezes.

O Entrelinhas está em andamento desde 2015 e vem sendo reeditado desde então a partir de demandas e necessidades emergentes. “Pretendemos continuar com o Entrelinhas e trazer um número cada vez maior de alunas da rede pública de Goiânia para o nosso convívio, proporcionando cada vez mais um espaço de qualidade e de condições dignas para o aprendizado do futsal”, revela a coordenadora. Em 2023, as aulas ocorreram às segundas e quintas-feiras no período noturno. Os horários para as turmas de 2024 ainda estão sendo definidos.

Para saber mais sobre o Entrelinhas, acesse o perfil do projeto no Instagram:
https://www.instagram.com/entrelinhas_eseffego/

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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