Projeto da UFG propõe ser deputado estadual por um dia

Já pensou em ser deputado estadual, assessor legislativo ou jornalista político, ainda que por um dia? Projeto da Universidade Federal de Goiás (UFG), em parceria com a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) e Grupom Consultoria e Pesquisas, oferece a oportunidade de treinamento para as atividades cotidianas desses agentes e simulação da rotina.

As inscrições para a atividade podem ser feitas por formulário online até amanhã (26), com taxa voluntária no valor de R$ 35,00 para custeio de alimentação e materiais de trabalho. Qualquer pessoa que possuir ensino médio incompleto ou completo pode participar das atividades.

São oferecidas 41 vagas para simular deputados, 41 para assessores e cinco para jornalistas. Os intérpretes de deputados vão desenvolver projetos de lei fictícios e defender a aprovação nas sessões de votação do evento. Já os que representam os assessores vão aprender a cuidar da imagem e divulgação dos trabalhos de seu deputado. Os aprendizes de jornalistas irão reproduzir o cotidiano das atividades realizadas em notícias e reportagens orientadas por equipe especializada. A simulação será de 7 a 11 de novembro.

Antes disso, todos os participantes vão receber treinamento para compreender o processo legislativo brasileiro. A capacitação será nos dias 28, 29 e 30 de setembro, na Faculdade de História da UFG (FH), Câmpus Samambaia. O projeto conta também com posse simbólica dos parlamentares, que ocorrerá também na FH, dia 07/11, para que a partir do dia 8 de novembro as demais atividades sejam desenvolvidas na Alego.

O projeto

O Politizar é um programa de ensino, pesquisa e extensão da UFG, que tem por objetivo aprimorar a relação entre o Estado e a sociedade civil. A vivência que simula atividades cotidianas de deputados estaduais, assessores de comunicação e jornalistas é uma oportunidade de formação política e profissional também aos estudantes mestrandos e graduandos envolvidos na organização. Esta já é a segunda edição do evento.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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