Projeto de lei que protege animais domésticos e tutores é aprovado na Alego

O projeto de lei Nº 75 de 27 de fevereiro de 2020, autoria do deputado estadual Cairo Salim (Pros), foi aprovado na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), nesta terça-feira (21). O objetivo do projeto é proteger os animais domésticos e seus donos. De acordo com o texto a criação do PL surgiu da necessidade de construir um ambiente ecologicamente equilibrado e seguro tanto para as pessoas quanto para os animais.

“Visa uniformizar a logística dos serviços de banho e tosa e outros para conferir aos animais as condições de atendimento digno e saudável e oportunizar ao proprietário a possibilidade de acompanhar o animal”, afirma o texto.

O documento destaca que “caso não seja cumprido o disposto na lei, haverá multa para os estabelecimentos no valor de R$ 1.000,00 à R$ 10.000,00. Esse valor será revertido em prol de um fundo estadual indicado pelo poder executivo”.

Maus Tratos aos animais

Foram registradas em 2020, 800 denuncias de maus tratos contra os animais. Os dados foram coletados pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA). Segundo o delegado responsável, as maioria das denuncias são questões de ambiente insalubre, animais com uma aparência ruim ou que ficam presos por muito tempo.

O deputado estadual  Delegado Eduardo Prado (PC) apresentou um projeto recentemente que obriga os agressores de animais, custearem as despesas do tratamento. “A legislação ambiental vem, ao logo do tempo, sendo aperfeiçoada com o intuito de trazer uma melhor proteção jurídica aos animais. Nosso objetivo com o projeto é defender os animais dos abusos contra a integridade física”, destaca Prado.

Em abril, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) e Prado, estiveram em reunião com A presidente da Comissão de Proteção e Defesa Animal da OAB/GO, Pauliane Rodrigues, onde discutiram sobre politicas públicas para os animais. Na ocasião, Prado destinou uma emenda no valor de R$ 250 mil para castrações no município de Goiânia.

“É dever de todos nós cuidar dos vulneráveis.  Por isso fiz questão de incluir no meu mandato a bandeira da proteção e defesa animal”, afirmou ele na época.

Leis Federais

No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sancionou um projeto de lei estabelecendo pena de dois a cinco anos de reclusão para quem praticar ato de abuso ou maus-tratos, ferir ou mutilar cães ou gatos. Além disso, o agressor pode ser multado e ser proibido de ter a guarda de animais.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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