Projeto de lei sobre a conservação de lotes vagos em Goiânia é apresentado

O vereador Welington Peixoto (PMDB) apresentou ontem (07), um projeto de lei que regulamentaria a conservação de terrenos vagos na capital. Se aprovado, os donos de lotes vazios terão que construir um muro ou alambrado de tela galvanizada de 1,8m de altura em volta do terreno para fechá-los. Além disso, deverão instalar um portão de um metro de largura.

Se a via onde o terreno estiver localizado for pavimentado, o proprietário deverá construir uma calçada. Quem não cumprir o estabelecido, será notificado pela prefeitura e terá um prazo de 30 dias para se enquadrar dentro da lei. Se mesmo assim, o cidadão não cumprir a legislação, uma multa de R$ 5,00 por metro quadrado do terreno será aplicada. No caso das calçadas, a multa será dada por metro linear.

A proposta também trata do lixo e do mato nos lotes sem construção. Nela, os donos serão responsáveis por manter o terreno limpo e sem mato alto. O não cumprimento da lei gerará multa de R$ 5,00 por metro quadrado da propriedade. Terrenos com obras paradas são abarcados na proposta. Os locais nessa situação deverão aterrar seus poços ou fossas para evitar o risco de acidentes.

No geral, se o infrator for autuado pela primeira e depois cumprir o que pede a lei, a multa será cancelada. A reincidência dobrará o valor das autuações. A prefeitura poderá realizar os serviços de limpeza no terreno mediante cobrança. A conservação do muro, do portão e da calçada também serão levadas em consideração.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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