Projeto disque denúncia via Whatsapp melhora trabalho da PM em Anápolis

O 28° Batalhão da Polícia Militar em Anápolis está utilizando a tecnologia e a facilidade proporcionada pelas redes sociais para melhorar o serviço de atendimento a população. O Batalhão conta com um número de disque denúncia via Whatsapp. Nele o cidadão pode entrar em contato com a polícia para relatar crimes que estiverem ocorrendo.

O Major Rodrigo Bispo falou sobre como o projeto foi idealizado: “Existe a necessidade e o aplicativo oferece uma facilidade para a PM no que diz respeito à denúncia de crimes que estiverem ocorrendo. Diante dessa situação e como esses assuntos não são tratados como emergência pelo 190, nós iniciamos esse projeto como disque denúncia. O cidadão pode passar fotos, áudios e até localização do ocorrido”.

A polícia recebe várias denúncias ao longo do dia pelo aplicativo. “Todos os dias recebemos entre 25 e 35 denúncias. E como sempre temos equipes nas ruas, nós priorizamos algumas denúncias. As equipes trabalham em média com 15 demandas. Após concluir uma ocorrência, a equipe é deslocada para a próxima”.

O anonimato é garantido à pessoa que fizer a denúncia. “Como recebemos uma grande demanda, esse número não é registrado na ocorrência. Só trabalhamos com a informação. No 190 é preciso registrar, aqui não”, afirmou o Major.
Segundo Bispo, ligações feitas para atrapalhar o serviço da polícia como os trotes, ainda não ocorreram. “Como a pessoa precisa de crédito, o número de trote é zero. Até hoje não registramos trote. Em caso de recebermos algo que não acreditamos que seja relevante, nós bloqueamos o número”.

De acordo com Rodrigo, o cidadão que fez a denúncia recebe uma resposta da polícia quando a ocorrência é concluída. “Geralmente quando o trabalho é concluído, e resulta em uma ocorrência como detenção apreensão, nós respondemos o cidadão com informações, inclusive da própria divulgação que fazemos pelas redes sociais”.

O Major informou que a intenção é no futuro expandir para outros números, o disque denúncia. No momento não é necessário, pois as denúncias vêm geralmente por mensagens e não através de ligações do aplicativo. O número do disque denúncia é: (62) 9-9482-1480.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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