Projeto do Governo de Goiás institui carreira de analista de infraestrutura

Goiás vai impulsionar os projetos e programas voltados ao desenvolvimento da infraestrutura estadual com a contratação de 300 servidores para a área. O Governo de Goiás enviou na sexta-feira (15/12) à Assembleia Legislativa (Alego) projeto de lei que institui o cargo efetivo de Analista Técnico de Infraestrutura e estabelece o Plano de Carreira e Remuneração da categoria. A matéria, elaborada em parceira pelas secretarias de Estado da Administração (Sead) e da Infraestrutura (Seinfra), deve ser apreciada pela Casa ainda neste ano.

“Vamos aprimorar ainda mais a gestão pública e fortalecer o corpo técnico responsável pela infraestrutura estadual, área que conduz ações de grande impacto social, como o Fundeinfra [Fundo Estadual de Infraestrutura], a implantação de unidades de saúde, de distritos agroindustriais e os programas de habitação”, destaca o secretário da Infraestrutura, Pedro Sales. “Com a criação deste cargo, que já nasce com um plano de carreira instituído, o governador Ronaldo Caiado reforça seu compromisso com a valorização dos servidores e emprega maior eficiência na performance dos serviços prestados à sociedade.”

Após a aprovação do projeto de lei e a sanção pelo governador, a previsão é que os procedimentos para realização do concurso sejam iniciados no primeiro semestre de 2024. Os servidores serão do quadro da Seinfra, mas poderão ficar à disposição de outras pastas do governo que também fazem gestão de obras públicas. O ingresso no cargo ocorrerá por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos, conforme a legislação vigente. Além dos requisitos estabelecidos na Lei nº 20.756, de 28 de janeiro de 2020, que trata do regime jurídico dos servidores públicos civis do Estado de Goiás.

Plano de Carreira

O Plano de Carreira e Remuneração (PCR), como definido pela legislação, compreende um conjunto de normas que regulamentam o ingresso, desempenho, desenvolvimento e evolução funcional ao longo do serviço público. Essa medida visa estimular a produtividade, capacitação e crescimento pessoal e profissional dos servidores, contribuindo para a melhoria dos serviços prestados.

“Estamos testemunhando um marco significativo para o Estado com a instituição da carreira de Analista Técnico de Infraestrutura. Esta decisão não apenas representa um avanço estratégico, mas também evidencia o fortalecimento do nosso quadro funcional”, comenta o secretário da Administração, Sérvulo Nogueira.

O quadro permanente de Analista Técnico de Infraestrutura contará com 300 cargos. As atribuições gerais incluem o apoio à gestão de programas, projetos e obras públicas, elaboração de estudos e avaliações, fiscalização de projetos, entre outras responsabilidades.

A carreira do quadro permanente será estruturada em níveis de “A” a “S”, com o ingresso no cargo ocorrendo no nível “A”. O vencimento varia entre R$ 5.646.35 e R$ 16.392,48. A evolução funcional entre os níveis levará em consideração critérios como tempo mínimo de efetivo exercício, desempenho, aperfeiçoamento, assunção de responsabilidades e titulação acadêmica. O processo de evolução funcional ocorrerá dentro dos limites orçamentários anuais e em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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